Após pouco mais de seis meses como presidente da empresa, Caio Paes deixou o comando da estatal e o Conselho Administrativo (CA) nesta terça-feira (04/01). Paes foi um dos quatro indicados para presidir a petroleira por Jair Bolsonaro, um títere do ex-presidente durante todo seu tempo a frente da estatal.
Caio Paes cumpriu a tarefa de represar o preço dos combustíveis para ajudar Bolsonaro na corrida eleitoral, manteve o plano de privatizações da empresa e foi recompensado com o alto salário de presidente e com a política de bônus que privilegia o alto escalão da estatal.
Durante todo o governo Bolsonaro a estatal sofreu com gestões que privilegiaram os interesses dos acionistas estrangeiros, deixando de lado o papel estratégico que a empresa tem para o Brasil. A Política de Paridade de Importação (PPI), que fez o preço dos combustíveis dispararem, se consolidou durante esse período e, junto com a privatização de ativos estratégicos da empresa, representa o legado da gestão entreguista do agora refugiado (em Miami) Jair Bolsonaro.
João Rittershaussen assume a presidência, indicado pelo Conselho de Administração, até que seja realizada a eleição e posse do novo presidente, o ex-senador Jean-Paul Prates (PT-RN), que foi indicado pelo governo do Presidente Lula.
A Federação Nacional dos Petroleiros seguirá defendendo uma Petrobrás para os Brasileir@s e lutará para que o novo governo retome o papel estratégico da Petrobrás para o país, acabando com o PPI e restatizando os ativos estratégicos que forem vendidos à preço de banana.