BR Distribuidora de Betim

Na manhã do último sábado (19), foi registrado um grave acidente ambiental com o vazamento de cerca de 100 mil litros de óleo diesel da unidade da BR Distribuidora de Betim/MG, que recentemente foi privatizada pelo governo Bolsonaro.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros local, o vazamento ocorreu durante operação de bombeamento de óleo diesel no Terminal de Betim (TEBET) e o óleo atingiu o Córrego Pintados, contaminando o curso d’água que percorre a área da Refinaria Gabriel Passos (Regap), até a Lagoa de Ibirité. Se o vazamento não for contido a tempo, o óleo pode chegar ao rio Paraopeba.

Equipes da Petrobrás que atuam no setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Regap têm atuado na região, de forma a conter o vazamento. 

Os trabalhadores denunciaram a ausência de equipes da BR Distribuidora e a atuação descoordenada por parte da empresa recém-privatizada diante de uma emergência ambiental tão grave. Um episódio lamentável que evidencia o impacto negativo da privatização da maior empresa de distribuição de combustíveis do país.

Outro absurdo é ver que, mais uma vez, trabalhadores da Petrobrás é que foram acionados para atuar em tragédia protagonizada pela empresa privada.

Isso já tinha acontecido antes, em 2019, quando manchas de óleo surgiram no litoral do Nordeste e chegaram até o Sudeste. Na ocasião, foi a Petrobrás que colocou toda sua estrutura para combater e controlar a contaminação ambiental. 

Um outro exemplo aconteceu este ano, quando o estado do Amapá sofreu por três semanas com um apagão após falha em uma subestação privatizada e a Eletrobrás foi acionada para restabelecer o fornecimento de energia elétrica.

Os sindicatos estão denunciando, há tempos, o nefasto plano do governo Bolsonaro de sucateamento e privatização da Petrobrás e outras estatais e as consequências disso para a população.

Além do crime contra o patrimônio público, a privatização também aumenta substancialmente o risco de acidentes já que, visando aumento dos lucros, empresas privadas reduzem drasticamente os investimentos nos setores de segurança, meio ambiente e saúde.

“Infelizmente, esse acidente é apenas mais um exemplo dos riscos envolvidos na privatização da Petrobrás. O lucro não pode estar à frente da saúde, segurança e da vida das pessoas. Está mais do que na hora de engrossar a campanha contra a privatização”, disse o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.

Fonte: Sindipetro-SJC

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