A política de destruição contra a Petrobrás deflagrada pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Petrobrás, Castello Branco, também estende seu braço para desmontar as conquistas históricas presentes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos petroleiros. Contrariando todo o bom senso que o momento exige, onde todas as atenções deveriam ser para combater o novo Coronavírus, o alto escalão da companhia só tem uma proposição: passar o rolo compressor nos direitos dos trabalhadores. A empresa negou a reivindicação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e sindicatos filiados de prorrogar o ACT por mais um ano. Ao mesmo tempo, já veio com o “facão” afiado para cortar uma série de benefícios do atual acordo.
Em negociação na última terça-feira (30), ficou claro a intenção da empresa de se utilizar da pandemia como mais um artifício nefasto para retirar direitos. A direção da companhia desdenhou das reivindicações da categoria. Negou, por exemplo, a reposição da inflação nas tabelas salariais e benefícios educacionais, mas não hesitou em propor novos ataques ao ACT e à organização dos trabalhadores. Propostas como adiamento do pagamento de horas-extras para setembro, mudança na relação de custeio da AMS de 70×30 para 60×40 e fim da gratificação de campo terrestre de produção, atingem em cheio tanto ativos como aposentados e pensionistas.
Não há como duvidar do caráter desumano e impiedoso da empresa neste momento. A política de Bolsonaro, Guedes e Castello Branco tem um apenas um objetivo: prosseguir com o projeto de desmonte da Petrobrás com vendas de ativos estratégicos, imposição de um plano de resiliência, anúncio da venda de todo o Polo da Petrobrás em Alagoas e, agora, mais ataques articulados ao ACT dos petroleiros.
Isso tudo demonstra que a categoria não pode esperar por um “milagre”, como também aguardar que o sindicato ou outro companheiro lute por você. Eles querem “passar a boiada”, mas a responsabilidade de lutar em defesa da Petrobrás, dos ativos de Alagoas e Sergipe é um compromisso de cada um dos petroleiros. Somente a nossa união será capaz de garantir a prorrogação do ACT, combater a ruína da AMS e impedir a venda da Petrobrás em Alagoas e no Brasil.
Basta de perdas! Merecemos mais!
A vida em primeiro lugar!
Fonte: Sindipetro-AL/SE