Em menos de 48h, pelo menos 2 acidentes fatais ocorreram na Petrobrás envolvendo funcionários terceirizados. A primeira vítima foi Erick Gois, de 26 anos. O acidente aconteceu no último sábado (25/09).
Erick era funcionário da ASTROMARÍTIMA e morreu durante um treinamento de lançamento de bote. O acidente aconteceu na embarcação Astro Tamoio, que atende a Bacia de Campos, mas estava na Baia de Guanabara.
Segundo informações, o trabalhador fazia um exercício de simulação de lançamento de bote, que é obrigatório quando o cabo se rompe. Ele acabou ficando preso e morreu. Outros dois trabalhadores também estavam no bote no momento do acidente, mas foram resgatados.
A segunda vítima foi Audo Alves da Hora, de 39 anos, que morreu nesta segunda feira (27/09), durante uma manutenção de um equipamento na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), no Complexo de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife.
Audo era técnico em instrumentação e trabalhava na empresa terceirizada QUALITY, que atua na refinaria. Ele sofreu uma descarga de ar comprimido de alta pressão que o levou a uma queda. O trabalhador chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco depois do acidente de. Audo deixou esposa e 2 filhos.
Falta de treinamento, redução do quadro mínimo dos operadores, condições inadequadas de segurança e manutenção dos equipamentos são algumas das razões já apontadas pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos para a causa de acidentes fatais na empresa.
Inclusive, é por causa dessa falta de segurança que trabalhadores do Terminal Transpetro Alemoa, base da FNP, em Santos (SP), estão em greve a 14 dias, contra a redução do quadro efetivo da unidade e pela garantia de segurança dos trabalhadores próprios e terceirizados do terminal.
A FNP lamenta a morte desses 2 trabalhadores e presta solidariedade a todos os familiares e seguirá lutando contra o desmonte da Petrobrás e por melhores condições de trabalho.