O apoio dos petroleiros será com ações em refinarias, terminais e aeroportos de voos para plataformas em todo o país, unindo o protesto com solidariedade. Os sindicatos também irão realizar ações de distribuição de diesel, gasolina e gás a preços que seriam possíveis se a política do governo fosse investir na Petrobrás, e não entregar nosso petróleo, renda e soberania para as multinacionais do petróleo.
Com data para começar e sem data para terminar, a expectativa é que a greve dos caminhoneiros supere à de 2018 em decorrência da maior conscientização da categoria e da população sobre as pautas envolvidas e os efeitos para toda sociedade.
A paralisação de profissionais do setor tem como principal motivação o aumento abusivo no valor dos combustíveis. A partir desta quarta-feira 27, conforme anunciado pela Petrobrás, haverá elevação de 5% no preço da gasolina, chegando a 2,08 reais por litro.
O que muitas pessoas não sabem é que os aumentos reiterados se devem a uma política de governo chamada PPi (Preço de paridade de importação). Uma das pautas dos caminhoneiros é o fim do PPI.
Os petroleiros sabem o quanto essa pauta é importante e o quanto essa política de paridade só serve para encarecer a vida da população, facilitar a concorrência de estrangeiras com a PETROBRÁS e promover as privatizações das refinarias.
Apoio à Greve e boicote à empresa petroleira SHELL
Por isso, a FNP muito apóia a greve dos caminhoneiros pela redução dos preços nos combustíveis, chama as demais categorias a fazer o mesmo, e convoca um boicote à empresa SHELL que é responsável e maior beneficiária dessa política no Brasil. É uma vergonha e uma submissão que governos se ajoelhem ao capital internacional levando fome e desemprego para sua população.
A culpa é da SHELL e de governos que beneficiam empresas estrangeiras
A FNP aderiu ao MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA (Veja documento completo) que convoca todos a boicotar a empresa SHELL. No documento três fatos são elencados para responsabilizarmos à Shell pelo aumento de preços dos combustíveis no Brasil:
1 – A atual política de preços adotada pela Petrobrás conhecida como “Preço de Paridade de Importação-PPI”, já explicada anteriormente. Esta política eleva artificial e injustificadamente os preços no mercado interno, prejudicando o consumidor brasileiro e nossa economia e permite que produtores no exterior vendam seus produtos no Brasil, tomando mercado da própria Petrobrás. Verificamos que o maior beneficiário desta política lesa-pátria é a empresa Anglo-holandesa Royal Dutch Shell, que através de sua subsidiária brasileira Shell do Brasil, sócia da Raizen, vende hoje no Brasil volumes que chegam a alcançar cerca de 200.000 barris/dia (cada barril tem 159 litros) de combustíveis (gasolina e diesel) oriundos de suas refinarias (em sociedade com a saudita Saudi-Aranco) nos EUA, enquanto a Petrobrás fica com suas refinarias na ociosidade.
2 – Em 2017 o governo Temer enviou ao Congresso Nacional a MP 795 isentando de impostos as petroleiras estrangeiras na exploração e produção de petróleo no Brasil. A MP previa uma renúncia de receitas de R$ 50 bilhões por ano até 2022. A maior beneficiária dessa medida também é a Shell.
3 – Em 2012, já era solicitada pela então diretoria a modificação da política de preços da Petrobrás, a fim de promover reajustes alinhados aos preços internacionais. O Conselho de Administração da Petrobrás(CA) atendeu esse pedido em agosto de 2014. Em julho de 2017, agravando o problema, a direção Petrobrás alterou o critério para reajuste de preços que eram feitos mensalmente e passaram a ser feitos até diariamente. Nesta ocasião foi criada a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis – Abicom composta por 9 empresas, sendo seu presidente Nelson Ostanello indicado pela britânica Greenergy, empresa que na Europa é sócia da Shell em diversas plantas de refino.
Pelo exposto, e buscando estancar a sangria que vem sofrendo nosso país e seu povo, propomos que o boicote seja mantido até que a política de preços da Petrobrás (PPI) seja adequadamente modificada e a Lei 13.586/2017 revogada.
Lembrem-se da queda de um presidente da Petrobrás, Pedro Parente, que se deu pela força da greve de caminhoneiros e início de uma greve petroleira que acabou por atrasar o projeto de privatização e a consolidação dessa política de preços abusivos.
Juntos, podemos mudar essa realidade cruel do nosso país! Venha para essa luta você também.
A seguir, veja o vídeo com o diretor da FNP e do Sindipetro-RJ, em que fala sobre a importância da greve e os percalços que a Petrobrás e a população vêm enfrentando, com elevação dos preços de gás de cozinha e combustíveis, para atender a política de privatização de Bolsonaro e Paulo Guedes.
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