Após comparecer, nesta quarta-feira (28/07), para depor à Polícia Civil sobre o protesto no qual uma estátua do bandeirante Borba Gato foi incendiada, no último sábado (24), em São Paulo, quando a população foi às ruas pedindo “Fora, Bolsonaro e Mourão!”, o líder dos entregadores antifascistas, Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, teve a prisão preventiva decretada. A esposa dele, Gessica, que o acompanhava, também foi detida.
Para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a decisão da Justiça foi injustificada e arbitrária. A Federação exige a liberdade imediata dos dois.
Segundo o advogado que defende o casal, Jacob Filho, “foi um crime que não deixou vítimas e não tem razão alguma para você prender. E vou um pouco mais além: perceba que o Danilo veio aqui, ele estava junto com Paulo no ato e não está preso. Qual a razão jurídica disso?”, referindo-se a outro participante do protesto, Danilo da Silva Oliveira, chamado de Biu pelos amigos.
Segundo Jacob Filho, a prisão de Gessica é ainda mais absurda, uma vez que ela não estava no ato do dia 24 e tem uma filha de 3 anos. “A prisão dela contraria, por razões mais do que óbvias, o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que diz que mães não devem ser presas em situações dessa natureza vilipendiando o seio familiar. É uma arbitrariedade”, argumentou.
Vale lembrar que Borba Gato (1649-1718) foi capitão-mór e liderou massacres de indígenas e negros. Biu, que estava no ato com Paulo Galo, disse em depoimento que a ação visa retomar o debate sobre quem de fato foi Borba Gato. Paulo Galo afirmou que “as pessoas decidem se querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”.
A FNP é contra toda e qualquer arbitrariedade e solidariza-se com Paulo Galo e Géssica. Liberdade, já!
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Foto: Brasil247