Justiça para Moise, assassinado brutalmente no Rio

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) lamenta o assassinato de Moises Kabamgale e repudia a ação violenta que o levou a morte no último dia 24/01, em um quiosque da praia da Barra da Tijuca.

Kabamgale, de 24 anos, tinha ido até o quiosque Tropicália, no posto 8 da Barra, cobrar salários atrasados referente a dois dias de trabalho, no valor total de R$ 200, onde trabalhava como garçom. A resposta, no entanto, veio na forma de um espancamento com golpes de mata leão, socos, chutes e pauladas.

O jovem congolês foi encontrado por policiais ainda amarrado, deitado no chão já sem vida, em uma escada do quiosque. 

Segundo o grupo Anonymous, em sua conta do Twitter, Luciano Martins de Souza é o nome do dono do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde ocorreu o assassinato do congolês. De acordo com o perfil, Luciano seria o autor, com mais quatro pessoas do assassinato de Moïse.

Familiares e figuras políticas exigem justiça. Ato público está previsto para sábado (05/02), no Rio.

Fugiu do Congo para encontrar a violência aqui

O corpo de Moïse foi sepultado neste domingo (30/01), no Cemitério do Irajá. Familiares e amigos que acompanhavam a cerimônia protestaram por justiça ao jovem. O congolês chegou ao Brasil com 11 anos, em 2011, com a mãe e os irmãos. Todos refugiados dos conflitos armados na República Democrática do Congo. Em nota de repúdio ao crime, a comunidade de congoleses do Rio de Janeiro observou que Möise havia crescido em um lar repleto de amor. 

 “Eles quebraram as costas do meu filho, quebraram o pescoço. Eu fugi do Congo para que eles não nos matassem. No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu país. Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho. (…) Ele era trabalhador e muito honesto. Ganhava pouco, mas era dele. No final, chegava com parte do dinheiro e me dava para ajudar a pagar o aluguel. E reclamava, dizendo que ganhava menos que os colegas”, observou Ivana Lay, mãe do trabalhador. 

O assassinato de Moise Kabamgale retrata um Brasil bolsonarista, miliciano, covarde e cruel!

Esse ato brutal contra o congolês Moïse Kabamgabe confirma o racismo estrutural da sociedade brasileira, sobretudo, demonstra a xenofobia contra os estrangeiros, portanto, combater e vencer o racismo, a xenofobia, é uma condição para que o Brasil se torne uma nação justa e democrática.

A FNP exige a punição dos assassinos de Kabamgale!

#justicasejafeita #JusticaPorMoise

 

 

 

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