A Petrobrás mudou o discurso e agora diz que não vai mais distribuir as máscaras N95/PFF2 aos petroleiros e petroleiras que estão em trabalho presencial.
Nesta terça-feira (20), a empresa informou que o fornecimento de máscaras mais seguras será feito apenas para as equipes offshore e nas paradas de manutenção das instalações onshore.
A postura é absurda e cria duas categorias de trabalhadores: uma parte que vai receber as máscaras adequadas e mais seguras para proteção contra o COVID-19, e outra parte que vai seguir trabalhando com máscaras de tecido, que não oferecem proteção suficiente para evitar contaminações em ambientes fechados.
Há tempos o aumento na proteção dos trabalhadores tem sido uma reivindicação do Sindipetro-SJC, que é filiado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) que já encaminhou o pedido administrativamente e já discutiu o assunto em várias reuniões com o RH da refinaria. O Sindicato chegou até a recorrer à Justiça, no final de março, para garantir o direito dos trabalhadores a um EPI adequado para a proteção contra a COVID-19.
Na semana passada, o Sindicato chegou a acreditar que essa luta tinha chegado ao fim quando recebeu a informação, durante uma reunião com a EOR (Estrutura Organizacional de Resposta), que as máscaras PFF2 já estavam sendo providenciadas.
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“O Sindicato não concorda com essa postura da empresa de querer economizar às custas da segurança e saúde dos trabalhadores. A vida de todos tem valor e vamos seguir adotando todas as medidas que estiverem ao nosso alcance para que a solicitação seja atendida. Não vamos abrir mão disso!”, disse a vice-presidente do SIndipetro-SJC, Cidiana Masini.
Fonte: Sindipetro-SJC