Nesta quinta-feira (19), petroleiros próprios e terceirizados do terminal Transpetro Alemoa, base da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), participaram de ato contra a diminuição do efetivo, que ameaça a segurança operacional da unidade, a vida dos trabalhadores e da comunidade circunvizinha. O ato contou com o reforço dos sindicatos da construção Civil e dos metalúrgicos.
Segundo o Sindipetro-LP, contrariando o que havia dito em mesa, em reunião com o sindicato, de que não reduziria o efetivo, o gerente geral da Alemoa está abrindo mão de cerca de 13 operadores até novembro, o que equivale a um turno inteiro a menos na unidade, dentre cedidos pela Petrobrás e que serão devolvidos à holdig, e outros com idade para se aposentar. Além da perda de profissionais experientes, tudo acontece sem a devida reposição por meio de concursos públicos.
Veja vídeo em que Adaedson Costa, secretário geral da FNP, explica a situação:
Além disso, em texto divulgado nesta quinta, o Sindipetro-LP explica que a gerência também está remanejando trabalhadores de outras funções para a operação, porém sem o treinamento adequado. Com isso, os gestores pretendem que a unidade seja adequada a operar com número bem abaixo do seguro, contrariando as próprias regras e procedimentos internos relacionados aos treinamentos. Tudo em nome de reduzir custos operacionais para gerar mais lucro para acionistas. (Leia matéria do LP aqui, na íntegra)
Para o sindicato, está claro que a gerência do terminal está realizando as mudanças sem anuência da categoria e sem conversar com o sindicato porque sabe que não tem condições legais de mudar o efetivo e garantir a segurança do terminal. Para atender a gestão bolsonarista no comando da empresa, que nega a ciência, a realidade e ignora as normas regulamentadores e poderes fiscais, a gerência da Alemoa prefere arriscar a vida dos trabalhadores e a unidade. Tanto é verdade, que o terminal não aponta quem são os brigadistas preparados para os primeiros minutos em caso de emergências na unidade e quem está devidamente treinado para a função.
O sindicato ainda conta que, depois de várias tratativas frustradas com a gestão, os trabalhadores estão se manifestando a fim de respostas, contra a gestão que em mesa fala uma coisa mas na prática faz outra. Coincidentemente, ainda antes do ato começar, o sindicato foi informado que hoje começaria a parada de elétrica em Alemoa. Infelizmente para o comando da Petrobrás, o atraso no início da parada de elétrica é culpa do gerente da unidade, que não tem palavra e está desrespeitando uma categoria séria e de luta.
Se a gestão do terminal quiser pagar para ver, os trabalhadores estão dispostos a ir para a luta, chamar assembleia e aprovar greve, para aí sim, começarem a serem ouvidos.
Fonte: Sindipetro-LP
Foto: Sindipetro-LP