No caso em questão, a definição do indicativo de aceitação depende mais da impossibilidade de construir alternativas com o prazo imposto do que concordar com a proposta. Baseado nisso é que as entidades e as assembleias devem se posicionar.
Na matéria anterior (https://www.fnpetroleiros.org.br/noticias/6352/plr-nova-proposta-da-empresa-nao-avanca), já fizemos a análise da proposta em si, o montante e critérios por um lado e o pano de fundo da privatização, meritocracia, privilégio dos acionistas e gestores, do PPP e etc. por outro.
Deliberar sobre a assinatura do Acordo, entretanto, não necessariamente deve ser o centro das discussões nas últimas assembleias deste ano perdido que não acaba nunca, mas sim sobre qual o significado e consequência da política de remuneração variável no marco do plano de privatização, o balanço de nossas campanhas, as diferentes estratégias, em cada base e nas direções dos sindicatos petroleiros etc.
Não é questão de princípio aceitar ou rejeitar uma proposta de acordo coletivo. O que sim devemos sempre fazer é:
▪️ falar as coisas como são, o que está por trás dos ataques e suas consequências;
▪️ não embelezar a proposta negociada para ficar bem na fita;
▪️ procurar entender detalhadamente os erros e acertos do processo e quais atores contribuíram para tal.
▶️ Ainda que coincidindo com indicativo, há que se observar que a direção da FUP reincide em uma política que desarma a categoria, não só para esta, mas principalmente para os futuros enfrentamentos:
▪️ rejeita a unidade com a FNP para construir qualquer pauta, negociação ou luta conjunta;
▪️ aposta em uma fantasiosa qualidade de negociação como sua principal arma para enfrentar o governo genocida e ultraliberal de Bolsonaro;
▪️ transforma uma proposta indecente em um "avanço".
▶️ Fazer um balanço do ACT, da greve, da luta contra a privatização etc. a partir destes elementos é muito importante para saber como cada um pode contribuir nas próximas batalhas.