DESASTRE O vazamento de aproximadamente 3 mil barris de petróleo, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na Bacia de Campos, na área conhecida como Campo de Frade, ocorrido no início do mês pela petrolífera norte-americana Chevron, não foi o único desastre ambiental causado pela empresa. No Equador, onde operou com a petrolífera Texaco ? realizando fusão em 2000 ? a empresa foi condenada a pagar 8,6 bilhões de dólares por danos e limpeza de uma área de 4 mil quilômetros quadrados na Floresta Amazônica.
DESCULPAS Para a multa não ser dobrada a Chevron foi obrigada pela Justiça a pedir desculpas aos povos indígenas da região, que sofreram com a poluição de 68 bilhões de litros de águas de rios e fontes, prejudicando intensamente o cotidiano da população local entre o período de 1972 e 1992.
IMPASSE O julgamento do caso começou em 2003, mas devido ao poder financeiro da Chevron, com ajuda de influentes advogados, a petrolífera conseguiu adiar a decisão por oito anos, até a primeira condenação. Entretanto, o caso ainda não teve seu capítulo final, pois a empresa anunciou que recorrerá da decisão judicial, firmada por um juiz de primeira instância da cidade equatoriana de Lago Agrio.
ATUAÇÃO No Brasil, a Chevron começou a exploração do Campo de Frade em 2009, possuindo 51,7% das ações, aliada com a Petrobras, detentora de 30% e com o consórcio Frade Japão Petróleo, com 18,3%. A Chevron atualmente é a quarta maior petrolífera privada do mundo, acumulando, somente no ano de 2010, 198 bilhões de dólares.
Fonte: Carta Capital