Na Fafen e na Nassau operários protestaram contra a retirada de direitos e demissões, e em defesa da Petrobrás 100% estatal sob o controle dos trabalhadores
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Neste 6 de março, Dia Nacional de Lutas e Paralisações, a mobilização em Sergipe começou na madrugada. Categorias se mobilizaram em diversos estados do país em defesa da Petrobrás 100% estatal, dos empregos e dos direitos dos trabalhadores e contra os ajustes fiscais dos governos.
Os petroleiros paralisaram por uma hora a Fábrica de Fertilizante Nitrogenados da Petrobrás (FAFEN), localizada no município de Laranjeiras. Segundo a coordenação da CSP-Conlutas, o dia hoje é um ponto de partida para um chamado mais amplo a todos os trabalhadores que têm se enfrentado com os ataques dos governos e dos patrões. ?Não podemos aceitar que os trabalhadores paguem pela crise, tendo seus direitos atacados e sofrendo com demissões?, disse Bruno Dantas, diretor do Sindipetro AL/SE.
Em Nossa Senhora do Socorro, os operários da fábrica de cimento Nassau também cruzaram os braços. ?As empresas de cimento, nos últimos anos, vem batendo recordes de lucros. Contudo, já ameaçam com demissões. Aqui em Sergipe a Nassau fala em fechar o terceiro turno de trabalho. Isso significa a demissão de 50 trabalhadores. Não podemos aceitar. Por isso, paralisamos a fábrica em defesa do emprego?, enfatizou Djenal Prado, presidente do Sindicagese.
PETROBRÁS 100% ESTATAL
Os petroleiros pautaram a luta em defesa da Petrobrás 100% estatal sob o controle dos trabalhadores. ?Os ataques à Petrobrás se refletem não só nos escândalos de corrupção, mas também no desinvestimento, nas demissões, nos calotes aos trabalhadores das empresas terceirizadas e na entrada cada vez mais crescente de empresas multinacionais no setor de Petróleo brasileiro. Tudo isso é consequência da política privatista que se iniciou com FHC (PSDB) e foi continuada por Lula e Dilma (PT)?, explica o dirigente do Sindipetro.
Bruno ainda afirma, como uma necessidade, lutar para que a Petrobrás se torne 100% Estatal, controlada pelos trabalhadores. ?Só assim é possível garantir que a exploração de petróleo no Brasil esteja voltada para melhorar as condições de vida do nosso povo, garantindo empregos de qualidade e redução das tarifas, como combustíveis, alimentos e energia?.
1% do PIB no combate à violência contra mulheres
O Movimento Mulheres em Luta (MML) também esteve presente nas paralisações coletando assinatura no abaixo assinado que exige da presidente Dilma (PT) e dos demais governos o investimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no combate à violência contra as mulheres. ?A cada duas horas uma brasileira é morta pela violência machista. A Lei Maria da Penha representou um avanço jurídico, mas não saiu do papel, porque faltam recursos e estrutura de atendimento. Por isso nós do MML estamos colhendo assinaturas para entregar à presidente Dilma essa reivindicação. Mas, para que isso se concretize, só isso não adianta, é preciso mobilização e luta?, disse Gilvani Alves, diretora do Sindipetro e do Movimento Mulheres em Luta (MML).
Fonte: Sindipetro-AL/SE