A Lupatech anunciou que este mês vai demitir mais de 150 trabalhadores em Sergipe. A empresa atua no contrato com a Petrobrás, em sonda de complementação e limpeza de poços de petróleo e gás no campo terrestre de Carmópolis. Segundo representantes dela, o contrato está encerrando e não haverá nova licitação, nem aditivo para a continuidade do serviço, mesmo sendo um setor essencial da produção.
Demitiu, parou
Todos os trabalhadores da Petrobrás, terceirizados e próprios, devem lutar contra as demissões. Assim como a peãozada da Volks e da GM conseguiu na greve evitar milhares de demissões, aqui também é possível resistir e vencer.
Os trabalhadores precisam compreender que os contratos não estão sendo renovados fruto do desinvestimento, que o governo e a alta gestão da Petrobrás têm aplicado. Dizem que não tem dinheiro, mas é mentira.
Desinvestimento, privatização e miséria
Essa falta de investimento é proposital. Assim eles reduzem a produção, desvalorizam o campo e entregam para a iniciativa privada a um preço de banana. Sacrificam a maioria do nosso povo, pobre e trabalhador, para beneficiar um punhado da rica burguesia com o controle completo das nossas riquezas e da exploração da nossa força de trabalho.
Diante disso, o problema do desemprego tem aumentado em Carmópolis e nos municípios da região do Vale do Cotinguiba. Tem também se aprofundado problemas sociais que já existiam. Dentre eles, a falta de estrutura, médicos e medicamentos nos hospitais públicos e nos postos de saúde, o caos na educação pública e o aumento da violência.
A dúvida que fica é: para onde foi a riqueza que a Petrobrás explorou na região por mais de 60 anos? Se os trabalhadores e a população local não reagirem imediatamente, vai sobrar apenas caos e terra devastada.
Quem tem fome, tem pressa
O Sindipetro AL/SE já solicitou reunião com a Petrobrás para discutir essa situação nesta quinta, 12/03. Porém, a negociação direta entre sindicato e patrões, ou através da justiça, por si só não adiantam.
No calote dado pela Empercom e pela ETX, por exemplo, mais de 200 trabalhadores ficaram na rua da amargura. O nosso sindicato, Sindipetro AL/SE, ajuizou ação coletiva contra a Petrobrás e as gatas caloteiras. Porém a justiça é lenta e os processo se arrastam até hoje. Não temos mais tempo a perder. Lutar é a única saída.
Fonte: Sindipetro-AL/SE