Em audiência Pública em Manaus, Sindipetro diz NÃO à venda de qualquer ativo da Petrobrás

A direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM), em Manaus, no último dia 7, a convite do Deputado Estadual Vicente Lopes (PMDB-AM), com objetivo de questionar a atual política de desinvestimento na Petrobrás e buscar apoio dos deputados contra a venda de ativos da companhia na Amazônia.

O Sindipetro se posicionou em defesa de uma Petrobrás 100% estatal e pública e mostrou preocupação com o anúncio feito pelo atual presidente da companhia, Aldemir Bendine, de desinvestimento na ordem de US$ 13,7 bi para 2015/2016. Além disso, os diretores do sindicato também criticaram os rumores sobre a intenção do banqueiro em abrir o capital da Transpetro, que hoje é 100% da Petrobrás, com a venda e afretamento de navios e a venda de toda a malha de gasodutos para banqueiros e empresas estrangeiras.

Os dirigentes denunciaram que Aldemir Bendine conta com total aval do governo federal e que não poupará esforços em também vender campos de petróleo de terra e mar, distribuidoras de gás, BR Distribuidora, Termoelétricas e algumas participações Petroquímicas.

A direção do sindicato, em sua fala, alertou que já foi realizado um expressivo investimento com dinheiro público, diga-se de passagem, para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica que colocaram a produção da Petrobrás no patamar que se encontra hoje. Basta recorrer ao balanço auditado do lucro da empresa em 2014, que revela um crescimento de 15% em relação a 2013, ou seja, tornando mais do que óbvio o que muitos já sabem: a Petrobrás é, e sempre foi, uma galinha de ovos de ouro. Porém, o governo federal está empenhado em atender aos anseios do capital privado e seguindo sua política entreguista, Eduardo Braga, Ministro das Minas e Energia, anunciou nesta segunda-feira, 04, que o próximo leilão para exploração de petróleo e gás no Brasil será realizado em outubro e oferecerá áreas em 23 setores distribuídos em dez bacias: Amazonas, Parnaíba, Potiguar (terra), Recôncavo, Sergipe-Alagoas (mar), Jacuípe, Camamu Almada, Campos, Espírito Santo (mar) e Pelotas.

Essa empreitada entreguista do governo para a Petrobrás, contra a nossa soberania nacional, preocupa os dirigentes sindicais, pois somente com o anúncio de desinvestimento de Aldemir Bendine mais de 1.000 trabalhadores já perderam seus empregos, caso a venda de ativos da Região Amazônica se materialize, o prejuízo será infinitamente maior.

O Sindipetro não aceita que a Petrobrás se desfaça de ativos importantes com a simples justificativa que precisa se capitalizar para cumprir seus compromissos e diminuir seu endividamento. Uma pergunta foi colocada aos deputados e deputadas: qual banco no mundo deixaria de dar crédito a uma empresa que possui uma reserva de petróleo comprovada de 60 bilhões de barris de petróleo, fora o que ainda falta ser explorado com o Pré-Sal?
A diretoria também defendeu a retomada das obras da refinaria Premium, de São Luís, obra fundamental e estratégica para a Petrobrás e para o país. Não só pelo papel de armazenamento e refino, mais importante que isso, significa a contribuição para geração de milhares de postos de trabalho, estímulo à economia do estado do Amazonas, à economia regional e para o crescimento do PIB brasileiro.

Foi destacado, ainda, que os terminais da Transpetro situados em Coari (AM), Belém (PA), Itaqui (MA), estão ameaçados pela licitação dos leilões dos Portos, que pode inviabilizar toda operação da Transpetro na Amazônia.

Foi solicitado pelo sindicato à presidência da ALEAM, que uma nova audiência seja realizada para aprofundar os debates, já que se trata de um assunto extremamente importante para o Estado do Amazonas.

Enfim, o Sindipetro PA/AM/MA/AP pediu o apoio de todos os parlamentares na luta em defesa da Petrobrás 100% estatal e pública e deixou o convite para que o Ministro Eduardo Braga, como político do Amazonas, possa também estar presente nos próximos debates para se posicionar sobre a venda de ativos na Amazônia e para buscar uma outra saída, mais justa ao estado, à região e, acima de tudo, aos trabalhadores petroleiros e ao povo brasileiro. Dizemos NÃO a qualquer privatização da Petrobrás e à venda de ativos na Amazônia!

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