Aconteceu o vazamento de óleo na PCM-6 e a imagem da Petrobrás mais uma vez foi manchada pela gestão. Uma das causas do acidente é a redução do efetivo próprio. Há mais de vinte anos o Sindipetro AL/SE tem denunciado esse problema, que é parte da política de privatização.
Essa política ganhou folego no governo de FHC (1995), mas continuou e aprofundou-se nos governos de Lula e Dilma. Para viabilizar a privatização nada melhor que a terceirização (precarização dos serviços, retirada de direitos, fragmentação da categoria).
Desde 2003 que a política de abandono foi implementada, principalmente nas plataformas marítimas de Sergipe, junto com elas seus equipamentos, dutos, e etc. Consequentemente os problemas foram crescendo. Hoje a gestão atual teve e tem que gastar muito para recuperar o que foi abandonado, mas não investe na recuperação do mais importante: ?o efetivo próprio?!
Nas duas causas do vazamento de óleo na PCM-6 estão as necessidades imediatas de falta de pessoal próprio, tanto na monitoração dos dutos submarinos como na limpeza dos mesmos. A auditoria interna do SPIE também mostrou essa necessidade. A auditoria externa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, IBP, também deve mostrar isso, caso contrário não vai ser mais que uma consultoria.
Será que mesmo assim, diante desse acidente ampliado, dos fatos comprovados pela auditoria e do risco de outros desastres, a gestão atual não tomará a iniciativa para realmente substituir os trabalhadores que saíram aposentados ou foram transferidos normalmente ou pelo ?mobiliza??Precisamos de novos companheiros e de memória técnica. Basta de irresponsabilidade com a categoria petroleira!
Outros acidentes recentes no mar
Poucos souberam, inclusive o Sindipetro não soube, mas ocorreu mais um acidente na plataforma no mesmo dia do vazamento citado. Foi na PGA-1. A lancha do guindaste desceu junto com a carga, quase atingindo um operador.
Nesta segunda, 17, fomos informados pelo SMS que na subida da plataforma PCM-4, outro trabalhador escorregou no ?limo?, caiu e quebrou a clavícula. Esse problema é antigo, com registro na CIPA e não foi solucionado.