ACT: FNP critica falhas e defende primeirização do Benefício Farmácia

Dirigentes condenaram terceirização da operação, mas ressaltaram que atendimento aos beneficiários não pode ser prejudicado de forma alguma

Líder isolado de reclamações dos petroleiros nos últimos meses, o Benefício Farmácia foi, naturalmente, o principal assunto da reunião da comissão paritária de AMS realizada nesta quinta (18) com a participação de gerentes da Petrobrás e dirigentes da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e dos sindipetros RJ, LP, SJC, AL/SE e PA/AM/MA/AP.

Foram inúmeras as reclamações e denúncias durante quase cinco horas de reunião. Tanto os sindicatos quanto a própria Ouvidoria da Petrobrás já receberam milhares de reclamações de petroleiros que estão enfrentando muitas dificuldades no cadastramento, na aquisição de medicamentos nas farmácias e também na utilização do serviço ?delivery? (entrega em casa).

Protesto – No geral, há uma constatação generalizada, tanto por parte dos petroleiros e representantes sindicais como também da gerência de AMS da Petrobrás, de que a empresa contratada para operar o Benefício Farmácia, a Global Saúde, não está cumprindo integralmente o contrato assinado. Consequentemente, os dirigentes da FNP entendem que o ACT 2013-2015 está sendo descumprido e, por isso, fizeram um protesto levando para a reunião um adesivo pedindo o cumprimento da cláusula 79 (foto acima).

Os dirigentes da FNP também contestaram o gerente da AMS, Adailton Batista, que mesmo concordando com a gravidade das reclamações e já tendo aplicado à Global Saúde multas de R$ 1 milhão afirmou que a Petrobrás não tem competência para operar o Benefício Farmácia. Os sindicalistas condenaram o modelo de terceirização apontando-o como o principal motivo da ineficiência, além de servir como porta de entrada da corrupção na Petrobrás, e defenderam a primeirização da operação do benefício e de toda a AMS.

Melhor resposta é o medicamento ? Mesmo com todas as críticas ao modelo e à empresa operadora do Benefício Farmácia, incluindo a falta de informações aos beneficiários sobre os problemas e os procedimentos para resolvê-los, os dirigentes da FNP ressaltaram que a melhor resposta que os petroleiros podem receber é o medicamento, ou seja, não adianta qualquer comunicado se ainda persistirem as enormes dificuldades no cadastramento e na aquisição de medicamentos, seja diretamente nas farmácias ou pelo serviço delivery.

AMS: rede credenciada, descontos e problemas locais

Além dos problemas com o Benefício Farmácia, a reunião da comissão paritária de AMS também abordou outros assuntos. A maior reclamação continua sendo em relação à rede de profissionais e estabelecimentos credenciados, principalmente fora do eixo Rio-SP. Os dirigentes da FNP criticaram a lentidão na ampliação da rede credenciada e os gerentes se comprometeram a avaliar todas as indicações apresentadas e buscar todas as possibilidades de ampliação.

Sobre os descontos que alguns petroleiros estão recebendo em seus contracheques, um gerente explicou que trata-se de débitos de AMS e do antigo Benefício Farmácia de quase 10 mil aposentados e anistiados que por falha técnica da Petrobrás não foi cobrado anteriormente. A FNP solicitou que esses débitos sejam melhor esclarecidos nos contracheques para que todos saibam porque estão sendo descontados.

Os problemas e demandas locais não resolvidos nas unidades serão avaliados pelas gerências. Os dirigentes da FNP reafirmaram o pedido já feito por ofício de que as respostas sejam entregues por escrito antes da próxima reunião de acompanhamento, prevista para início de agosto, e prazo de até uma semana para as questões mais urgentes.

Fonte: FNP
Foto: Silvio Muniz/Sindipetro-LP

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