A Companhia enviou correio eletrônico aos empregados com o título ?Esclarecimentos sobre convocação de greve?. Ao invés de primar pelo esclarecimento sobre os direitos dos petroleiros no tocante ao direito de greve, como número de efetivo mínimo em situações de paralisações, e demais questões trabalhistas, a empresa desferiu uma verdadeira coação aos petroleiros. Isso porque o conteúdo do texto é para desmobilizar a categoria para que abra mão do direito constitucional de livre manifestação, protesto e greve.
Além disso, ironicamente, a estatal informa à força de trabalho que respeita a legislação trabalhista. Ora, se isto conferisse na prática, não seria o caso de ainda persistirem normas trabalhistas sendo infringidas no Sistema Petrobrás: horas extras não pagas; lançamentos errados no PPP dos petroleiros; desrespeito a cláusulas do ACT e a NRs do Ministério do Trabalho, Benefício Farmácia etc.
A mensagem também deixa claro, logo no segundo parágrafo, que o foco das ações em curso são para atender aos interesses dos acionistas.
Se a empresa está disposta a dialogar com os representantes dos trabalhadores, como expôs no correio eletrônico, porque não convocou os sindicatos para discutir o Plano de Negócios? O que eles demonstraram claramente é que não queriam em nenhum momento conversar e que essa foi uma decisão unilateral.
O Sindipetro-LP encaminhará esta carta à Petrobrás, solicitando sua publicação como direito de resposta a esta clara atitude antissindical, a Companhia não pode utilizar de seus meios de comunicação para coação e desinformação de uma forma unilateral, sem dar voz aos trabalhadores.
Reafirmamos aos petroleiros e petroleiras a necessidade de se fazer o movimento nacional da categoria no dia 24 de julho em prol da defesa da imagem da Petrobrás e da construção de uma Companhia livre da corrupção e voltada para o desenvolvimento nacional.
Relembramos que esses mesmos gestores que querem desmotivar a categoria a exercer o direito legal de manifestação são os mesmos que deixaram a empresa nessa situação. Então, vamos a luta!
Lutar contra a venda de ativos de Dilma/Bendine e o PLS de José Serra é lutar pela Petrobrás, pelo país!
Fonte: Sindipetro-LP