No Rio, greve dos petroleiros tem forte paralisação de bases operacionais

Assembleias dos trabalhadores da Petrobrás no Rio aprovam por ampla maioria adesão ao movimento de greve nacional para barrar o processo de venda de ativos e privatização da companhia

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás das Unidades Termelétricas Baixada Fluminense e Barbosa Lima Sobrinho, além do Terminal Aquaviário da Baía De Guanabara, paralisaram suas atividades desde as primeiras horas da manhã dessa sexta, 24 de julho.  As bases operacionais mobilizadas pelo Sindipetro-RJ entraram com força na greve nacional dos petroleiros convocada pela FNP e FUP em defesa da Petrobrás 100% pública.

O alerta que disparou essa reação da categoria foi o anúncio do novo Plano de Gestão e Negócios – 2015/2019 –  da direção da Petrobrás que visa o corte de 89 bilhões de dólares em investimentos, bem como a venda de ativos de patrimônio da companhia, da ordem de 57 milhões de dólares. A greve dos petroleiros busca reverter esse processo de venda de ativos da Petrobrás, assim como defender os empregos e denunciar o processo de privatização em curso no setor petróleo. Além disso, a categoria também terá o enorme desafio em mostrar à sociedade brasileira o que está por atrás do projeto tucano que ameaça a soberania nacional, que é o PL 131, Projeto de Lei do senador José Serra, que pode tirar da Petrobrás o papel de operadora única do pré-sal, assim como 30% dos blocos já licitados, entregando para a iniciativa privada.

Petroleiros do Rio de Janeiro mobilizados

Nas UTEs Baixada Fluminense e Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica, os trabalhadores reunidos em assembleia nessa manhã de sexta aprovaram por ampla maioria greve de 24 horas. Com corte de rendição do turno, a direção da unidade vem forçando os trabalhadores em plantão a permanecerem trabalhando por horas seguidas. A forte adesão aglutinou trabalhadores próprios e terceirizados.

A assembleia na BF/BLS deixou claro que não aceita punição de companheiro algum e orientou o Sindipetro-RJ a enviar carta ao diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold, informando que a categoria não aceitará retaliação de qualquer forma, nem desconto de horas, ainda mais por um movimento como esse em defesa do Sistema Petrobrás. Ainda protestaram contra os gerentes de RH Maria de Fátima e Marcelo Cruz que estão retaliando os trabalhadores pela participação em processos de mobilização da categoria, inclusive promovendo descontos seletivos. Cobramos uma interferência do diretor Repsold para impedir esse tipo de ação arbitrária.

Os trabalhadores da Petrobrás do Terminal Aquaviário da Baía De Guanabara, na Ilha do Governador, também aderiram e peso à greve nacional. Primeirizados e terceirizados paralisaram. Só entrou uma equipe de contingência com supervisores. Entendendo a importância e necessidade de defender a Petrobrás pública, em assembleia na entrada do terminal, a grande maioria da categoria aprovou a greve pelo dia todo.

Na unidade da Petrobrás em Angra, às 23h dessa quinta (23), ocorreu um atraso na troca de turno. E ficou muito claro um forte clima de repressão da direção da companhia, buscando amedrontar os trabalhadores e desqualificando seu direito legítimo e constitucional de greve. No Cenpes, Edise, Transpetro e Ventura aconteceram mobilizações na entrada dos trabalhadores, a partir das 7h da manhã.

Passeata contra a venda de ativos da Petrobrás

A hora do almoço dessa sexta no Rio de Janeiro será o momento de irmos para a rua defender a Petrobrás. Os petroleiros sabem que toda a população e os movimentos sociais precisam estar juntos nesse processo de luta. No Rio de Janeiro, além das mobilizações e paralisações nas bases da Petrobrás, o Sindipetro-RJ, FNP e FUP, convocam trabalhadores em geral, estudantes, centrais sindicais, organizações populares e todos os movimentos sociais para uma grande passeata. A proposta é percorrer as ruas da cidade mostrando o quão prejudicial será para povo a efetivação desse projeto privatista para o setor petróleo no Brasil. A concentração do ato está marcada para 11h30, nesta sexta, 24 de julho, em frente ao Edifício Senado da Petrobrás, que fica na Av. Henrique Valadares, 28 – Centro do Rio.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

Fotos: Samuel Tosta e Rafael Gonzaga / Agência Petroleira de Notícias


Mobilização no Terminal Aquaviário da Baía De Guanabara, na Ilha do Governador:


Mobilização nas UTEs Baixada Fluminense e Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica:

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