A promessa de uma forte greve nacional contra a privatização da Petrobrás, por meio do desinvestimento e das tentativas de entregar o pré-sal brasileiro às multinacionais, com o governo federal e a velha direita atacando o caráter público da companhia, tem se confirmado na realidade.
De norte a sul do país, os trabalhadores petroleiros estão mobilizados em defesa de uma empresa 100% Estatal, sob controle dos trabalhadores. Acompanhe abaixo o quadro de mobilizações (atualizaremos os informes ao longo do dia).
Litoral Paulista
Em greve desde ontem, quando o turno das 23 horas não foi rendido, a Refinaria Presidente Bernardes amanheceu nesta sexta-feira (24) com a categoria aderindo em peso ao movimento. No turno, 100% de adesão. No administrativo, aproximadamente 80%. A maior parte dos trabalhadores nem compareceu à unidade.
No Terminal Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro, em São Sebastião, a categoria também iniciou a greve na noite de ontem, quando cortou a rendição do turno à meia-noite. A adesão no administrativo foi de 60%.
No terminal Alemoa (Santos), da Transpetro, o corte no turno foi feito na manhã desta sexta-feira, logo pela manhã. Houve forte adesão dos terceirizados e ninguém entrou. No Terminal Pilões, em Cubatão, houve boa adesão à greve tanto no turno quanto no administrativo. Na UTGCA, em Caraguatatuba, o corte na rendição de turno também ocorreu nesta sexta pela manhã, com 100% de adesão. No Administrativo, cerca de 50% da força de trabalho aderiu à greve. Os trabalhadores terceirizados fizeram atraso de uma hora.
No Edifício Valongo, em Santos, um dos setores da categoria em que o Sindicato historicamente mais teve dificuldade em realizar atos e paralisações, houve adesão de 100% dos trabalhadores ? próprios e terceirizados. A greve no Valongo também serve de recado à gerência da unidade, que tem tentado impedir a atuação dos dirigentes com diversas práticas antissindicais.
Os trabalhadores do TECUB (Terminal de Cubatão), da BR Distribuidora, representados pelo SindMinérios Santos, também se incorporaram à greve com uma forte mobilização. Ficará suspenso até meia-noite o carregamento de produtos na unidade.
Vale do Paraíba
Confirmado também o corte de rendição na REVAP, em São José dos Campos, desde ontem às 23 horas. A partir das 7 de hoje haverá adesão também do TEVAP, da BR Distribuidora, e do Terminal de Taubaté da Transpetro. Segundo a Assessoria de Imprensa do Sindipetro-SJC, a mobilização conseguiu envolver trabalhadores próprios e terceirizados com o apoio do Fórum de Lutas da Região.
Sergipe
De acordo com o Sindipetro-AL/SE, Sede e Fafen estão paralisadas após aprovarem o indicativo de greve de 24 horas contra as venda dos ativos da Petrobrás, exigindo a retomada dos investimentos para garantir o emprego dos trabalhadores. Na Fafen e Tecarmo a paralisação foi iniciada ontem (23), no turno das 23 horas. Em Carmópolis, houve adesão parcial.
Alagoas
Em Pilar, espontaneamente, foi garantido atraso até as 9 horas. Também houve manifestação na Transpetro Gasoduto e base de Furado.
Rio de Janeiro
O Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara (TABG) também está em greve. Entraram na unidade apenas supervisores. Na UTE Barbosa Lima Sobrinho os trabalhadores também se incorporaram à greve. No Cenpes, houve atraso no turno de uma hora e corte na emissão de PT.
Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá
Nas Transpetro Belém e São Luís, a mobilização teve adesão de cerca de 70% do operacional e 100% do turno, entre terceirizados e próprios.
Na Reman, a rendição foi cortada a partir das 23h. Em outras unidades do estado como Serviço Compartilhado, Terminal sede da Transpetro e DGN,Terminal Aquaviário de Coari e sede da Engenharia, a greve teve adesão dos petroleiros próprios e terceirizados das áreas operacionais e administrativas.
Norte Fluminense
Nas bases em Terra do Norte Fluminense, paralisação no Terminal de Cabiúnas, às 23h30, após os trabalhadores entregarem a produção da unidade. O acesso à carga de gás do terminal foi bloqueado.
Nas plataformas, até o começo da manhã, aderiram à greve quatorze plataformas, que entregaram a operação das unidades: PCH-1, PVM-3, P-65, P-55, P-48, P-47, P-37, P-33, P-26, P-19, P-18, P-09, P-08, P-07.
Duque de Caxias
Na REDUC, em Duque de Caxias (RJ), também já houve corte de rendição no turno de 23 horas. De um lado, piquete forte. De outro, empresa tentando se armar com fura-greves e colchões. Na Usina Termoelétrica Governador Leonel Brizola, o corte de rendição começou às 23h de quinta-feira. Os petroleiros montaram acampamento na frente destas unidades, onde fizeram mobilizações de conscientização da importância da greve. Integrantes de movimentos sociais, estudantis e de outras categorias aderiram ao movimento em solidariedade à causa petroleira.
Na Reduc, TECAM e Usina Termoelétrica Governador Leonel Brizola, o corte de rendição começou às 23h de quinta-feira. Os petroleiros montaram acampamento na frente destas unidades, onde fizeram mobilizações de conscientização da importância da greve. Integrantes de movimentos sociais, estudantis e de outras categorias aderiram ao movimento em solidariedade à causa petroleira. Na Fábrica de lubrificantes da BR Distribuidora, também houve greve.
Minas Gerais
Na Regap não houve troca de turno. Na Termoelétrica Aureliano Chaves, na Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros e no terminal da Transpetro em Juiz de Fora também não houve rendição. A paralisação no estado começou às 23h30 de ontem. Trabalhadores das áreas operacionais e administrativas destas unidades também aderiram à greve.
Espírito Santo
Todas as unidades operacionais no Espírito Santo tiveram corte de rendição à zero hora. Na UTG, em Linhares, UTG-SUL, em Anchieta, Terminais da Transpetro Barra do Riacho, em Aracruz e do TEAVIT, em Vitória, não houve a troca de turno e estão realizando apenas as operações padrão.
Paraná e Santa Catarina
Na Repar, nos terminais da Transpetro Six, Tepar, Teguacu , Tefran, Tejai e Temirim, além das unidades administrativas, houve forte adesão dos petroleiros próprios e terceirizados. A paralisação da Fafen-PR começou às 23h30 de ontem.
Rio Grande do Sul
Houve corte de rendição e os trabalhadores não fizeram a troca de turno na Refap. Até o fechamento deste informe, não obtemos informações sobre o movimento de greve nos terminais da Transpetro no estado.
Bahia
A greve na Bahia teve adesão em todas as unidades do estado. Em Miranga, Campos de Candeias, Bálsamo, Santiago, Taquipe, Araçás/Imbé, Buracica, na PBIo, Fafen, UTE, Arembepe, UTe Rômulo Almeida, Ute Muricy, UTE Bahia 1, Transpetro, Bacam Gascac , conjunto Pituba, COFIP, Universidade Petrobrás e UTE Celso Furtado. O corte de rendição também começou à zero hora. Na RLAM e Terminal Madre de Deus (Temadre) houve 100% de adesão à greve.
São Paulo
Todas as unidades operacionais do estado de São Paulo, como a Replan e Recap e os terminais da Transpetro em Barueri, Recap, São Caetano, Guararema, Guarulhos e Usinas Termoelétricas foram paralisadas. Nas unidades houve corte de rendição. No ADM, trabalhadores próprios e terceirizados aderiram à greve.
Fonte: Sindipetro-LP (Matéria atualizada às 15h50)