Reunidos no Rio, dirigentes discutiram conjuntura, mobilização e punições arbitrárias
A diretoria da FNP se reuniu no Rio de Janeiro na semana passada para discutir a conjuntura e definir as próximas ações em defesa da categoria e contra a privatização da Petrobrás. Os dirigentes voltaram a reforçar a necessidade da unidade de todos os petroleiros, das duas federações e 17 sindipetros, diante de uma conjuntura marcada por ataques aos trabalhadores, tanto pelo ajuste fiscal do governo quanto pela agenda retrógrada do PMDB e da direita, além das implicações do desinvestimento e da Operação Lava Jato para os petroleiros próprios e terceirizados.
Com este propósito, uma comissão de diretores da FNP foi até a sede da FUP reiterar a proposta já enviada por ofício de unificação das lutas contra o desmonte da Petrobrás previsto no Plano de Desinvestimento de Dilma/Bendine e no PLS do senador José Serra. A proposta inclui a construção a duas mãos de uma plenária para fazer um calendário de mobilização com data a ser marcada em consenso. Urge a necessidade de união para defender o maior patrimônio do pais, ou seja, a PETROBRAS, respeitando com isso todas as diferenças existentes. Os representantes da FUP se comprometeram a levar a proposta para a reunião do conselho deliberativo marcada para terça-feira (25), para a qual os dirigentes da FNP se colocaram à disposição para participar.
Punições arbitrárias
Diretores da FNP se reuniram com o gerente de RH, Alexandre Almeida, e o assessor da presidência da Transpetro, Guilherme Hruby, para pedir a anulação de punições arbitrárias aplicadas a trabalhadores da base do Sindipetro São José dos Campos. Em um dos casos, um trabalhador recebeu uma suspensão de sete dias sem nunca ter sido advertido por escrito.
Em outro, o trabalhador foi transferido compulsoriamente de unidade mesmo já tendo recebido inúmeros elogios e reconhecimentos da eficiência do seu trabalho no local onde estava. No terceiro caso, o trabalhador foi retirado do sobreaviso logo após ter aderido à paralisação do dia 24 de junho, o que pode ser considerado uma prática antissindical. O gerente de RH se comprometeu a verificar todos os casos e responder à FNP o quanto antes.
Outro caso de punição discutido durante a reunião da diretoria da FNP foi o desconto nos salários de alguns trabalhadores que aderiram à paralisação do dia 24 de julho, que está sendo registrada como ?greve não justificada considerada ilegal?. A diretoria da FNP entende que a Petrobrás não tem competência para determinar que uma greve é ilegal, apenas o judiciário tem esse poder, e está tomando providências para corrigir esse equívoco da empresa.