8 de outubro: intensificar a luta rumo a greve nacional de petroleiros

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocou para o dia 08 deste mês um dia de mobilização pelo país, como preparação para a greve nacional da Petrobrás. O Sindipetro AL/SE organizará atividades em Sergipe e Alagoas. O objetivo é intensificar o chamado aos 17 Sindipetros brasileiros para unificar em uma luta só a defesa da Petrobrás, dos direitos e dos empregos que estão ameaçados.

Os trabalhadores petroleiros já aprovaram greve por tempo indeterminado nos quatro cantos do país. Porém a outra federação, a FUP, que dirige 12, dos 17 sindicatos da categoria, tem evitado apontar uma proposta de data de início da greve, nem atende aos chamados da FNP para definir uma data conjunta.

Em comum a luta da FNP e de seus sindicatos, trabalhadores do Norte Fluminense e Ceará, bases que a FUP dirige, já se manifestaram, fazendo coro ao chamado de greve.

Uma greve necessária

A greve não é um capricho dos trabalhadores, é uma necessidade para derrotar o plano de privatização aplicado pela presidenta Dilma e pelo presidente da Petrobrás, Ademir Bendine, através do desinvestimento e da venda de ativos.

O desinvestimento consiste em retirada de direitos, demissões, redução do efetivo próprio, terceirização, obras abandonadas, cancelamento de operações, cortes de investimento em manutenção e segurança. A venda de ativos significa entregar o patrimônio da Petrobrás à iniciativa privada. Ou seja, a velha famosa casadinha, depenar para privatizar a preço de quase nada.

Bomba no ACT

A política do governo, alinhada com o ajuste fiscal, se reflete dentro da Campanha Salarial da categoria petroleira. Para os trabalhadores, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2015) apresentada pela administração executiva da Petrobrás é uma verdadeira bomba.

A Petrobrás quer que os trabalhadores aceitem reajuste de salário abaixo da inflação, redução do percentual das horas extras e redução da jornada de trabalho, com redução do salário e ainda abram mão de ações judiciais muito importantes, da RSR e da RMNR. Em troca de quê? De uma crise que se aprofunda causada pelas medidas de privatização, dentre elas o endividamento e as terceirizações ilícitas.

O objetivo do governo Dilma e da administração executiva da Petrobrás é impor uma derrota aos petroleiros nesta campanha salarial, se possível, sem enfrentar muita resistência. A desmoralização da categoria é uma das condições necessárias para a privatização da empresa.

Os trabalhadores, portanto, estão a cada dia mais conscientes de que a hora de lutar e partir para a greve petroleira nacional já está chegando. A direção da FNP se reuniu e definiu o dia 15 de outubro como data limite para a empresa mudar sua postura e apresentar uma nova proposta.

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Fonte: Sindipetro-AL/SE

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