UNIDADE DA PETROBRÁS NO RIO PARA POR QUASE DUAS HORAS
Os petroleiros do Rio de Janeiro realizaram na manhã desta sexta (16) um ato na frente do edifício Senado da Petrobrás. A mobilização faz parte da Jornada Unitária de Lutas e tem como eixo a defesa da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores petroleiros
Os petroleiros do Rio de Janeiro realizaram na manhã desta sexta (16) um ato na frente do edifício Senado da Petrobrás. A mobilização faz parte da Jornada Unitária de Lutas e tem como eixo a defesa da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores petroleiros. O Sindipetro-RJ, a partir da deliberação das assembleias, realizou um piquete em frente à unidade de 7h até às 8h40 da manhã. A adesão ao protesto foi alta e mostrou para a direção da companhia que a categoria não aceitará a venda de ativos da Petrobrás, nem retirada de diretos e reajuste salarial abaixo da inflação.
– Os piquetes são necessários para evitar que os pelegos entrem na empresa e que os trabalhadores que querem aderir a greve, que são maioria, sejam pressionados por seus chefes para assumir seus postos de trabalho. A categoria decidiu essa mobilização em assembleia e a maioria apoia o movimento. Isso é uma resposta para a direção da Petrobrás. Os trabalhadores não estão satisfeitos e estão mostrando isso – comenta André Bucaresky, diretor do Sindipetro-RJ.
O atraso na entrada aconteceu a partir do convencimento democrático formado por petroleiros próprios e terceirizados, demitidos do Comperj, dos estaleiros, em cada porta do prédio. Ninguém podia entrar contratado, primeirizado, carros. Permitiu-se a entrada da equipe médica do prédio para atender alguma emergência. Deixou-se entrar também senhoras grávidas.
Construção do ato
A assembleia da porta principal do Edisen aprovou a mobilização com comitê democrático de convencimentos nas portas de todas as unidades da companhia no Rio. Estabeleceu-se também a greve por tempo indeterminado a partir do dia 24 de setembro; a rejeição da proposta da companhia; e a rejeição da mudança da mesa de negociação unilateralmente por parte da companhia.
– A empresa quer negociar empresa por empresa do Sistema Petrobrás. O que com certeza vai resultar em acordos separados dentro do Sistema Petrobrás. Isso foi votado nas assembléias e enquanto a empresa mantiver essa mudança unilateral da formatação da mesa de negociação só buscaremos as propostas apresentadas e submeteremos a apreciação das assembléias sem no entanto sentarmos para negociar. A luta continua não abrimos mão de um acordo digno para toda a categoria, não permitiremos a venda de nenhum ativo da Petrobrás e com a luta queremos garantir o emprego de todos os petroleiros ativos e terceirizados – explica Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ e da FNP.
Ao final do movimento, por volta de 8h40, os trabalhadores avaliaram o movimento e por maioria a base decediu suspender a paralisação que pode voltar a qualquer momento. A segurança do prédio por orientação da chefia impediu mesmo com a decisão da assembléia por cerca de meia hora a entrada no prédio o que gerou muita reclamação. A luta continua não abrimos mão de um acordo digno para toda a categoria, não permitiremos a venda de nenhum ativo da Petrobrás e com a luta queremos garantir o emprego de todos os petroleiros ativos e terceirizados.
Fundo de Greve e da campanha do Petróleo
A direção do Sindipetro-RJ solicita a todos os petroleiro(a)s da base do Rio que permitam o desconto assistencial dos petroleiros ativos de um por cento do salário básico a ser descontado de uma só vez no mês de novembro. Esse dinheiro é metade para um fundo de greve e a outra metade para campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso.
Confira mais fotos na página da Agência Petroleira de Notícias.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias/Sindipetro-RJ