Após três dias de votação, a chapa 1 foi confirmada na tarde desta sexta-feira (26/02) como a nova diretoria do Sindipetro-SJC para o mandato 2010-2013 com uma vitória notoriamente esmagadora. Do total de 613 votos, ela conquistou a preferência de 440 associados (71,7%) contra apenas 165 da chapa 2 (26,91%). As opções branco e nulo totalizaram 8 votos.
Mais do que uma simples vitória política, a confirmação deste resultado é de um lado o reflexo do enfraquecimento da fup, entidade que há muito deixou de representar os anseios da categoria, e de outro o fortalecimento da FNP, que desde sua criação vem conquistando o apoio dos trabalhadores através de uma política transparente e, sobretudo, de muita luta.
O fato de ter sido vencido pela chapa 1 com tranquilidade e amplo apoio da categoria (65% dos associados) não impediu que o processo eleitoral fosse marcado por um clima extremamente tenso. Intimidação, ameaças de agressão física e tumulto foram apenas alguns dos inúmeros elementos usados pela chapa 2 durante toda eleição. Embora a atitude encampada pelos dirigentes da fup fosse das mais obscuras, a intenção era clara: impedir a apuração dos votos, amedrontados pela iminente derrota.
Para isso lançaram mão de inúmeras ações que, além de ferir todos os princípios democráticos, tinham como objetivo nefasto pôr em risco a segurança dos companheiros. Tentaram com truculência impedir que o Sindipetro-LP registrasse os acontecimentos através de câmera filmadora; cercaram ostensivamente as urnas onde estavam depositadas as cédulas durante toda noite de quinta-feira (25/02) e afirmaram, em tom de ameaça, que só sairiam do sede do sindicato ?mortos?.
Na manhã desta sexta-feira (26/02) em número bem reduzido e mobilização totalmente dispersa os integrantes da chapa 2 ainda tentavam impedir a apuração dos votos, alegando que a eleição não havia atingido o quórum mínimo de dois terços dos eleitores. Entretanto, tal exigência nunca constou no estatuto do sindicato e muito menos no edital publicado, sendo atribuição da Comissão Eleitoral organizar o processo eleitoral e divulgar os resultados finais.
Entretanto, após algumas horas o que se viu foi uma peça teatral de extremo mau gosto. Em outras palavras, o espelho da derrota, o esfarelamento de uma entidade (fup) que hoje se sustenta através de seu papel conchavista com a empresa.
O idealismo aparentemente vigoroso e as ameaças de vida ou morte espalhadas em falas inflamadas de repente foram substituídos por discursos ?emocionados?, proferidos por dirigentes da fup. Em meio às ?lágrimas?, evocaram sem o menor constrangimento o histórico de lutas da categoria ? justamente aquilo que resolveram deixar de lado em troca de cargos de alto escalão.
Depois dessa encenação, com a intenção deliberada de pôr em dúvida a validade do resultado, a chapa 2 ainda se recusou a participar da coleta das urnas e em seguida da apuração dos votos. Uma atitude desleal com a categoria e, principalmente, com os associados que confiaram o seu voto a eles. Por fim, bateram em retirada numa marcha quase fúnebre, com a imagem repugnante da autopiedade.
O fato é que ao atuar em benefício próprio e não em nome da categoria, a fup deixa claro que não representa a classe trabalhadora. O resultado das eleições é um exemplo concreto desta realidade e serve de alerta àqueles que ainda acreditam em seus discursos falsos, recheados de demagogia. Além disso, aponta que o caminho trilhado pela FNP está seguindo o destino correto: o da luta incondicional em defesa do petroleiro e da soberania nacional.
Sem choro nem vela, a FNP – através dos sindicatos do Litoral Paulista, São José dos Campos, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá – comemora mais esta vitória de toda categoria petroleira.