Pela primeira vez, desde o ?racha? das forças políticas que compõem o espectro do movimento sindical petroleiro, sindicatos ligados à FUP e à FNP se reuniram em um mesmo congresso para traçar estratégias comuns
Entre 2 e 3 de julho, os sindicatos que compõem a FUP e a FNP estiveram na Escola Florestan Fernandes – Escola de Formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -, em Guararema (SP), para a realização do Congresso Unitário. O ineditismo deste fato está à altura da conjuntura política e social que vive o país e a categoria petroleira. “Sabemos que existem diferenças entre as representações, entre as forças políticas da categoria, mas sabemos também que existem pontos em comum estratégicos: a defesa da Petrobrás e do pré-sal é parte disso e está acima de qualquer divergência”, esclareceu Adaedson Costa, secretário-geral da FNP e coordenador-geral do Sindipetro-LP.
?Vivemos um momento de grave crise na Petrobrás e o movimento sindical demonstra maturidade de unir naquilo que é consenso, como a defesa da empresa e dos direitos dos trabalhadores, para elaborar uma proposta unitária de ação?, destaca a coordenadora do Unificado, Cibele Vieira.
Esse processo já vem sendo construído há algum tempo, com reuniões e atos em conjunto em defesa do pré-sal e da Petrobrás. A primeira iniciativa, em setembro do ano passado, foi a Jornada Unitária de Lutas, que precedeu a greve nacional da categoria com atrasos e mobilizações conjuntas dos Sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado de SP.
Em nível nacional, a FUP e a FNP têm promovido ações conjuntas nos pontos em que há convergência, sobretudo com a formação de comitivas a Brasília para pressionar os deputados a rejeitarem o projeto de lei de José Serra, que aprofunda a entrega do pré-sal brasileiro com a retirada da Petrobrás como operadora exclusiva e com o fim da participação mínima de 30% nos blocos de exploração desta camada.
Nesse contexto, o Congresso contou com mesas temáticas que debateram questões como o Plano de Negócios da empresa e a análise da atual conjuntura econômica e política e como isso afeta a Petrobrás e seus trabalhadores próprios e terceirizados.
A perspectiva é que a partir deste Congresso outras ações conjuntas possam ser desenvolvidas no âmbito estadual entre as entidades sindicais de representação da categoria.
Fonte: Sindipetro LP
