“Um proletário não vive hoje melhor que um burguês, mas vive melhor do que viveu um nobre antigo. A consciência socialista avança. Utopia nunca foi inalcançável”, afirma Ferrari
* Por Arthur Ferrari
Meus caros contemporâneos, como é boa a comunicação entre todos nós. A despeito de toda a extrema desigualdade midiática ou de acesso, ainda presente. Entretanto hoje, já podemos, entre bilhões de pessoas informar, comunicar e dialogar, entre nós, massivamente, em tantos e diversos conhecimentos, em tempos, espaços e formas distintas, se necessárias quase instantâneas. Parece banal, mas é uma gigantesca evolução social humana.
Uma simples carta, livro ou mapa geográfico já foram restritos a 'eleitos'. Um proletário não vive hoje melhor que um burguês, mas vive melhor do que viveu um nobre antigo. A consciência socialista avança. Utopia nunca foi inalcançável. Ao contrário. É história, presente e futuro conjugados. Há, óbvio, aqueles que mantenham-se ainda voluntariamente, do berço à cova, às trevas, mas é cada vez menos, muito embora sempre bem armados e agressivos. Periculosos.¡ Pero no pasarán ! ¡ No vencerán ! Morrem-se os homens, ficam-se as nobres ideias e seus antigos ideais. Não é novidade.
No final, somente restarão aos insensíveis ou alienados a maravilha da socialização do compartilhamento popular e gratuito destas invenções sociais, fundamentais, como todas as outras inúmeras invenções, pois são dons divinos dados pela infinita espiritualidade, criatividade e inteligência da natureza coletiva humana, portanto sempre serão aperfeiçoadas dialeticamente. Sempre foram e sempre serão. Fora isso é a barbárie, fratricídio e a possibilidade da nossa extinção. Distopia.Vide o Oriente Médio, a Síria.
Um exemplo prosaico: eu moro no bairro do Flamengo – Rj , dizem as histórias nacionais, que por aqui o rei D.João defecava nos matos e riachos quando passeava com seu séquito e seus escravos. Hoje, incógnitos, sem escravidão oficial, temos a CEDAE, para tratar em parte nossos dejetos humanos, mesmo que ela seja desprezada, por exemplo, por estadunidenses ricos, atletas de ouros olímpicos do império; que urinam, defecam e quebram bens públicos do Brasil, país socialmente muito mais pobre e desigual, mas que os recebe e os acolhe com honras esportivas.
A verdade se procurada é sempre revelada aos nossos sentidos. Avançaremos internacionalmente também. Esta luta é humanitária e portanto global. A saúde, a educação, a cultura, o saber, a política, o esporte, a mobilidade, a comunicação, a previdência etc. Todas estas políticas públicas e gratuitas, mesmo capengas, são etapas dialéticas e evidentes da nossa saga social evolutiva. O senso comum popular para o cuidado com as crianças e os idosos, os incapacitados, o respeito ao meio ambiente, o respeito a diversidade humana, serão mais cedo ou mais tarde socializados, em quantidade e qualidade total e integrada, a lucro zero.
O custo é o investimento intangível mais nobre e certo que existe. Os capitalistas cultos e inteligentes, até já sabem de tudo isto como obviedades. Esta ideologia de uso e produção de coisas ecosustentáveis já são adotadas por eles. São etapas estruturais e evolutivas também, dado que o capitalismo externaliza os estragos, se alimenta e se come por si, ciclicamente. Esta história morfética é antiga e é comprovada cientificamente sua insustentabilidade. Procure saber. Já está há muito nas nuvens, na rede www. Preço nunca foi e será sinônimo de valor. Na sociologia humana 1+1>2. Vêm para a luta, para o lado bom e autêntico da força. Só os incautos e maus intencionados renovam e alimentam o consumismo destas lendas de umbigo.
Distopia não. Utopia sim !
* Arthur Ferrari é diretor do Sindipetro RJ/FNP e diretor AEPET