Defesa da Petrobrás, pré-sal e não às privatizações também fizeram parte das falas, faixas e cartazes
No feriado da Independência, Sete Setembro, em sua 22ª edição, o ?Grito dos Excluídos?, no Centro do Rio de Janeiro, somou novos lemas e bandeiras com a adesão de grupos contra o impeachment. O ato ocupou duas pistas da Avenida Presidente Vargas, percorrendo dois quilômetros até a Praça Mauá.
Após o encerramento do desfile militar, às 11 horas da manhã, cerca de 4 mil manifestantes tomaram com bandeiras e cartazes as esquinas da Rua Uruguaiana e Avenida Presidente Vargas depois do fim do cerco imposto da Polícia Militar.
Movimentos sociais, partidos de esquerda, centrais sindicais, representantes sindicais,grupos anarquistas, militantes de pastorais e integrantes da sociedade civil portavam em sua maioria faixas e cartazes com os dizeres “Fora, Temer! e “Não ao Golpe”. Em falas representantes de grupos e partidos pediam novas eleições, alguns eleições gerais, outros como os anarquistas a revolução e o voto nulo. Como não poderia deixar de ser, a defesa da Petrobrás, pré-sal e não às privatizações também fizeram parte das falas, faixas e cartazes.
A presença de um regimento de cavalaria montada da PMRJ na área da Candelária não intimidou os participantes do ato ganhou força na chegada à Praça Mauá, que foi completamente ocupada pelos manifestantes, que se mesclaram com o público e turistas no local, onde estão a Casa Brasil, o Boulevard Olímpico e museus.Temas como a defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários também foram lembrados pelos manifestantes. Após quatro horas, o ato terminou sem confrontos nem casos de violência.
A primeira edição do evento surgiu em 1994 para aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade, encabeçada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desde então, a Igreja Católica, junto a denominações religiosas e a movimentos populares, fez do Grito dos Excluídos mais do que protesto. Ele é um lugar para denúncias sociais, políticas e econômicas. Embora parcela da sociedade veja exagero em temas escolhidos, como o deste ano ? Este sistema é insuportável. Exclui, degrada, mata! ?, os temas seguem a linha adotada pela igreja nas versões anuais da Campanha da Fraternidade.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (APN)