Alguns sindicatos também aprovaram participação no Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (29), que marcará o início da greve nas bases do Sindipetro-RJ
A primeira contraproposta da Petrobrás para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cuja data base é 1º de setembro, foi rejeitada por ampla maioria dos petroleiros e petroleiras que participaram das assembleias realizadas até esta terça-feira (27/9) nas bases dos sindipetros filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que a consideram indecorosa e repleta de corte de direitos.
Além da rejeição à contraproposta, que prevê congelamento do salário base, mesmo com a inflação oficial ultrapassando os 9% nos últimos 12 meses, entre outros ataques à categoria petroleira, as assembleias dos sindipetros RJ, SJC, AL/SE e PA/AM/MA/AP também aprovaram participação no Dia Nacional de Luta convocado por centrais sindicais e movimentos sociais para esta quinta-feira (29/9). A assembleia do Sindipetro-LP aprovou a realização de atrasos nas unidades para esclarecer a categoria sobre a campanha reivindicatória, o que já está ocorrendo (clique aqui para ler sobre o atraso no Terminal Alemoa, em Santos).
O Dia Nacional de Luta, na quinta-feira (29/9), também marcará o início da greve nas bases do Sindipetro-RJ, que já comunicou a Petrobrás e a sociedade sobre a mobilização (clique aqui para mais informações).
Confira o quadro resumido das assembleias dos sindipetros da FNP
PA/AM/MA/AP ? assembleias rejeitaram a contraproposta da Petrobrás e aprovaram assembleias abertas e permanentes e desconto assistencial de 1% nos meses de novembro, dezembro e janeiro para a Campanha Reivindicatória e para defesa da Petrobrás 100% Estatal e Pública.
SJC ? todas as consultas com os grupos, HA, pensionistas e aposentados recusaram a proposta da empresa e aprovaram participação nas mobilizações conjuntas da classe trabalhadora no dia 29, quinta-feira.
AL/SE ? petroleiros e petroleiras da sede da Rua Acre, em Aracaju, rejeitaram a proposta da Petrobrás, aprovaram estado de greve e participação na paralisação nacional do dia 29 de setembro. Em Carmópolis (campo terrestre), os petroleiros próprios rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste zero e ataques aos direitos da gestão executiva da Petrobrás e aprovaram estado de greve. Os trabalhadores aprovaram ainda construir a paralisação nacional do dia 29 de setembro junto com os metalúrgicos, operários da construção civil e outras categorias.
LP ? rejeitou, por ampla maioria, a primeira proposta da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho e aprovou estado de greve e atrasos esporádicos nas unidades do Litoral Paulista para esclarecer a força de trabalho sobre a campanha reivindicatória.
RJ ? assembleias rejeitaram a contraproposta da empresa para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e aprovaram, por ampla maioria, posição contrária ao processo de desmonte do sistema Petrobrás, conforme indicado em seu mais recente Plano de Negócios apresentado no último dia 20 de setembro, e greve a ser iniciada a zero hora do dia 29 de setembro.
Foto: Sindipetro-LP
Fonte: FNP, com informações dos sindipetros.