Caravana da FNP mobiliza trabalhadores da Revap, em São José dos Campos-SP

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizou, nesta manhã, 28, mais uma mobilização da Caravana da categoria na Revap, em São José dos Campos. Participaram companheiros do Sindipetro/LP, Sindipetro/RJ, a direção do Sindipetro/SJC, ativistas da base e contamos com o apoio dos companheiros do Sindicato da Construção Civil. O vice-presidente do Sindipetro/SJC, Rafael Prado, participou de assembleia do Sintricom com os terceirizados na portaria a margem da Dutra para denunciar a PEC 241, que sucateia os serviços públicos; os danos da privatização do Sistema Petrobrás para o povo trabalhador e outras medidas nefastas do governo ilegítimo de MiShell Temer (PMDB).

A privatização do Sistema Petrobrás nunca foi tão grave e acelerada como agora. O governo Temer tem a tarefa de fazer todo o trabalho sujo para o capital financeiro e as petroleiras estrangeiras antes da próxima eleição. Temer entrega campos de petróleo; áreas do pré-sal, como: o campo de Carcará na bacia de Santos; a participação da Petrobrás em outras empresas do setor de petróleo e gás e sinaliza a venda de gasodutos e refinarias. O plano Temer (PMDB) e de seus aliados é encerrar o governo com terra arrasada, ou seja, com o neoliberalismo em estado avançado no sistema produtivo, independente do que sobrará.

O governo e a direção da Petrobrás agem de acordo com o mercado. Não foi à toa que a agência de especulação financeira Mood´s aumentou os ratings da Petrobrás de B3 para B2. A agência cita menor risco de liquidez com a venda de ativos. Ou seja, o que eles querem é a privatização.

Outro braço de sustentação da venda de ativos é a imprensa corporativa/burguesa. Temer, Parente e o mercado usam jornais, revistas, rádios e TVS para deformar a opinião pública e criar a ideia de que corrupção só existe em empresas públicas.

Neste jogo de uma mão lava a outra, Temer já pagou, por exemplo, quase R$ 16 milhões só para o grupo Globo entre maio e agosto. É a Bolsa Mídia. As verbas publicitárias estão sustentando a oligarquia do setor com pagamentos milionários às Organizações Globo, as editoras Abril e Caras, os grupos Folha/UOL, Estadão e Band.

Na última segunda-feira, 24, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, esteve na abertura da exposição ?Rio Oil & Gas 2016? para propagandear a venda de ativos. A FNP panfletou no local denunciando a artimanhas de Temer e Parente para desmontar o Sistema Petrobrás.

O último anúncio de venda de ativos foi referente a venda de participação de 45,9% da Petrobrás Biocombustível na Guarani S.A, empresa do setor sucroenergético. Isso apesar do aumento da demanda por biocombustíveis. A geração e consumo de biodiesel está em franca expansão. Tirar a Petrobrás deste mercado é fragilizar a geração de energia limpa no país de forma escalonada e programada. Nota da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) classifica a decisão de ?erro estratégico colossal, na contramão das tendências mundiais de redução de emissões e da economia de baixo carbono?.

Até o sistema produtivo já começou a perceber que a farra do boi com os ativos da Petrobrás só vai beneficiar o sistema financeiro e as petroleiras estrangeiras. O governo eliminou da Lei da Partilha a exigência do chamado ?conteúdo local?. Este é um ponto central para a manutenção dos empregos e estímulo à economia nacional. Com isso, caiu a ficha nos estaleiros de que os navios e plataformas poderão ser construídos no exterior, fragilizando ou até mesmo eliminando este setor no Brasil.

A parceria do setor industrial no apoio ao governo Temer é mais uma contradição da disputa de poder pelas elites. Agora a FIESP (Federação Nacional das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) estão correndo para se reunir com o presidente ilegítimo MiShell Temer para tentar discutir regras que garantam o conteúdo local na área do petróleo e gás.

TRABALHADORES NA LUTA

A categoria petroleira é o último bastião em defesa da Petrobrás, do pré-sal e da soberania nacional de petróleo e gás. A comissão parlamentar em defesa da Petrobrás encontra muita dificuldade para avançar num Congresso dominado por forças reacionárias e latifúndios políticos da elite. Alguns comitês regionais foram criados. Muitas panfletagens têm sido feitas. Fora criado um site em defesa do pré-sal (http://presalnaoabromao.com.br/) pelos companheiros do Litoral Paulista. No último dia 20, a FNP realizou um ?rolezinho?, no Edifício Senado, no Rio de Janeiro. Muitas atividades estão sendo construídas.

A FNP indica a rejeição da proposta de ACT. Rodadas de assembleias estão correndo em todas as bases da Federação Nacional dos Petroleiros. Na Revap, os companheiros vêm rejeitando o acordo e aprovando mobilizações. No LP, a base recusou a proposta e convocaram todos os 17 sindicatos da categoria para uma reunião para formar um comando nacional de greve unificado.

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