FNP vai estar com a FUP para concretiza luta unificada e ratifica o referido documento enviado pela Federação Única
Por Vanessa Ramos, jornalista da FNP
Em resposta à carta enviada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), intitulada ?Convite à Unidade?, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e os seus cinco sindicatos filiados, em reunião na manhã desta quarta-feira (16/11), definiram que vão estar juntos à FUP para concretizar luta unificada em um ato na próxima sexta (18/11), no Edise, dia em que a Petrobrás estará recebendo as propostas para a venda dos campos terrestres, bem como ratificou o referido documento com todos os seus pontos.
Para tal, a FNP enviou hoje ofício (leia ofício na íntegra) para Federação Única, a fim de ratificar a união dos petroleiros e aproveita para convocar a FUP para compor mesa única amanhã (17/11), durante reunião com o RH da Petrobrás para dar prosseguimento às negociações do ACT 2015-2017. Além disso, a FNP também propõe reunião o mais breve possível, conforme citado na carta da FUP.
A FNP já havia deliberado durante o 10º Congresso da FNP, realizado em julho deste ano, mesa única de negociação. Portanto, reitera a importância da aproximação dos sindicatos para uma luta unificada em defesa da Petrobrás e, sobretudo, do Brasil.
Entre muitas definições, a FNP tem construído luta conjunta e resistência contra os ataques feitos à Petrobrás e aos trabalhadores. Desde setembro, tem realizado Caravanas pelo Brasil, com apoio dos sindicatos não filiados à FNP, contra a venda de ativos, privatização e retirada de direitos.
Outro exemplo de luta da categoria foi a iniciativa liderada pelo Sindipetro do Litoral Paulista (LP) de convocar os demais sindipretos do país, com objetivo de realizar uma reunião para definir ações conjuntas. O ofício (veja o ofício) foi enviado no final do mês de outubro.
A FNP e a FUP também lutam contra a duríssima campanha reivindicatória, na qual as únicas duas contrapropostas apresentadas pela Petrobrás, até o momento, passam muito longe das reivindicações dos petroleiros e ainda incluem retiradas de direitos.
Os ataques vigentes contra a Petrobrás e os trabalhares representam a maior ofensiva organizada pelas forças políticas da direita e pelo oligopólio da mídia conservadora, desde 1968. Instrumentalizada por setores conservadores, o retrocesso é colocada a serviço de um projeto autoritário de restauração de uma democracia restrita e de redução de direitos.
Como resultado, a Câmara dos Deputados concluiu, no dia 9 de novembro, a votação do Projeto de Lei 4567/16, do Senado, que desobriga a Petrobrás de ser operadora única de exploração do pré-sal, com no mínimo 30%, no regime de partilha de produção.
Por isso, para a FNP, essas lutas vão além do ACT coletivo e da defesa da Petrobrás, é uma luta conjunta em defesa da soberania deste país.
Abaixo, veja o levantamento sobre todos os ativos que estão sendo vendidos de janeiro de 2015 até hoje: