Parente oferece, por meio de uma elaborada estrutura legal, a precarização do trabalho, com todas as suas consequências destrutivas. Um processo dificilmente possível sem o apoio do atual presidente da República
Por Vanessa Ramos, jornalista da FNP
Começamos pela premissa de que Michel Temer e Pedro Parente estão subordinados as manipulações do mercado. O que, evidentemente, também significa dizer que estão a serviço da acumulação e maximização de lucros de uma elite brasileira, sobretudo, de países capitalistas sanguessugas de bens naturais alheios.
Por meio de uma elaborada estrutura legal, oferecem aos petroleiros a precarização do trabalho, com todas as suas consequências destrutivas. Um processo dificilmente possível sem o apoio de Temer. Impõem aos trabalhadores crescentes pacotes de exploração de vida, que tem como consequência mais importante o devassamento da mão de obra e a usurpação da Petrobrás para organizações multinacionais.
Mas, há possibilidade clara de desafiar esse plano, subordinado ao capital externo. A força de trabalho, em particular do movimento petroleiro, tem condições de fazer pressão para que se desenvolva um ACT capaz de aliviar os piores efeitos do capitalismo. A começar pela rejeição da nova proposta, enviada na última terça-feira (29), que mantém a linha de retirada de direitos. Para Adaedson Costa, diretor do Sindipetro-LP e da FNP, ?este acordo dá para avançar mais, principalmente no que se refere as perdas inflacionárias?, afirma.
A FNP também vai intensificar as mobilizações continuadas, tais como atrasos, cortes de rendição, cortes de PT e outros, nas suas bases, como resposta ao que a empresa chama de “última proposta”.
Se os petroleiros aceitarem este Acordo do jeito que está, ninguém vai poder negar que esse continuará sendo um problema sem solução. Pior ainda, vão poder afirmar que a categoria petroleira não é uma resistência importante ou um instrumento potencial de oposição às manobras de privatização da empresa, quando na verdade é.
Para finalizar, veja o box com os pontos da última proposta da Petrobrás e a avaliação da FNP (o texto em vermelho representa as alterações feitas entre a penúltima e a última proposta). Diga não a este ACT!
Charge: Unidade Classista
