A conjuntura de mobilizações da categoria deixa claro para a empresa que não aceitaremos um ACT rebaixado. Noventa e nove por cento da categoria votou NÃO para a terceira proposta da empresa. As mobilizações na Revap e em outras bases da categoria, principalmente no Litoral Paulista, fizeram a empresa convocar reunião e apresentar, ontem, 29, a quarta proposta
No dia 17 de novembro, data em que a empresa apresentou a terceira proposta de negociação salarial, os companheiros do Grupo 3 cruzaram os braços e cortaram a rendição do turno de ?zero hora?. Em seguida, foi a vez dos companheiros do Grupo 5, no turno das 15h, sábado, 19, demonstrarem sua insatisfação com essa afronta da Petrobrás. Nesse mesmo dia, os companheiros do grupo 2 atrasaram a entrada do turno em duas horas e reafirmaram a disposição de luta na última zero hora, dia 21, realizando outro atraso de duas horas.
Demonstrando unidade, a base foi intercalando cortes de rendição e atrasos, deixando claro para a Petrobrás que não aceitaria proposta rebaixada! O movimento gerou uma resposta desesperada das gerências com relatos de assédio aos trabalhadores inscritos no PIDV e cancelamento da lista de dobra, fatos que ensejaram denúncias no MPT e a intensificação das mobilizações. Os companheiros do Grupo 4 responderam à altura cortando rendição no dia 22, além de terem aprovado uma Moção de Repúdio contra as arbitrariedades da gerência. Também os companheiros do Grupo 1 atrasaram a entrada do turno em duas horas e no dia 24 cortaram rendição no turno de ?zero hora? e rejeitaram por unanimidade a proposta da empresa. O Grupo 5 atrasou duas horas no turno de 23×07 da última segunda, 28.
A quarta proposta, apresentada ontem, ainda não atende às reivindicações dos petroleiros, especialmente se considerado o calote de Pedro Parente na PLR, no abono, na dobradinha, no THM, no avanço de nível. A proposta impõe redução salarial de 2,48% (IPCA), o que no acumulado provocaria defasagem real sobre o salário base e a RMNR.
A proposta ainda prejudica os aposentados que não repactuaram, não trata da isonomia em relação aos níveis e avança sobre questões que não deveriam ser discutidas este ano. A negociação é apenas para cláusulas econômicas, pois as cláusulas sociais valem até primeiro de setembro de 2017. A empresa segue propondo a redução de jornada com redução de salário e, na prática, pede para que aceitemos uma redução em nossa remuneração.
A direção da Petrobrás ainda tenta confundir, propondo discutir metas de PLR (do acordo de regramento que ela não tem cumprido) e usa o Benefício Farmácia apenas para desviar o foco, pois a discussão sobre como será feita a gestão do benefício não está vinculada a assinatura do aditivo do ACT de cláusulas econômicas.
Não aceitaremos perseguição e punição aos trabalhadores por lutar pelos direitos da categoria e pela soberania nacional de petróleo e gás nesta Campanha Salarial e contra o desmonte do sistema Petrobrás. A FNP indica a rejeição desta última proposta. Agora iremos manter as mobilizações e vamos para as assembleias. A luta continua!
Fonte: Sindipetro-SJC