Petroleiros da Amazônia em estado de greve

Os petroleiros da Amazônia, aprovaram por ampla maioria a greve por tempo indeterminado nas bases do Sindipetro-PA/AM/MA/AP, com avaliação, e realizaram atrasos em Belém e Manaus. Com a suspensão nacional, permanecem em estado de greve, em assembleia permanente, aguardando encaminhamento da FNP no dia 04 de Janeiro, em busca da unificação e avanço das mobilizações da categoria em todas as bases de petroleiros no país

A categoria petroleira segue com impasse para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016-2017. De um lado, Parente mantém a proposta já rejeitada por toda a categoria petroleira no país, nas bases das duas federações. De outro, os petroleiros demonstram com cortes de rendição, atrasos e deflagração de greve que não vão engolir reajuste parcelado e abaixo da inflação e o corte de direitos históricos duramente conquistados.

Diante do impasse, Parente tentou uma ?mediação? para o inconciliável, acionando o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para fechar o ACT. No entanto, recebeu como resposta do vice- presidente do TST, no exercício da Presidência, ministro Emmanoel Pereira, que negou hoje, 29, o pedido de ?mediação e conciliação pré-processual?.

Politicamente, a categoria demonstra disposição para lutar, mas está em busca da consolidação de uma unidade nacional entre as bases de petroleiros no país para seguir com uma greve de força e fôlego, capaz de arrancar um acordo justo, com reajuste digno, sem parcelamento, além de barrar o projeto de destruição da Petrobrás como empresa integrada de energia, garantindo a soberania nacional e o futuro dos investimentos sociais da riqueza produzida por nossa tecnologia e recursos humanos.

O fim de ano é de preocupação para a classe trabalhadora brasileira, diante da recente apreciação da Reforma Trabalhista, somando perversidade aos ataques aprovados na PEC 55 (antiga PEC 241) e Reforma da Previdência. Está na responsabilidade dos que lutam mudar o curso desta história. Fechar um acordo rebaixado significa retrocesso tanto aos petroleiros, categoria historicamente de vanguarda no movimento sindical, como poderá refletir para outras categorias, diante da possibilidade aberta pela Reforma Trabalhista de sobrepor acordado sobre o legislado.

O desafio para os petroleiros está colocado. Para os demais trabalhadores também. Como diz a canção ?quem sabe faz a hora, não espera acontecer?. Que 2017 venha com disposição para resistir!

Fonte: Boletim Sindipetro-PA/AM/MA/AP

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