Os petroleiros do Litoral Paulista fizeram nesta quinta-feira, 12, duas horas de atraso na RPBC e na Termelétrica Euzébio Rocha (UTE-EZR)
A mobilização faz parte da campanha do acordo coletivo de 2016, proposto nas bases da FNP de 9 a 16 de janeiro, para pressionar a companhia a apresentar uma quinta proposta.
Há quase dez anos o acordo coletivo dos petroleiros não virava o ano e ainda não tem previsão de ser encerrado. Também não poderia ser diferente. Após sucessivas propostas rebaixadas, com cortes de direitos, reposição salarial abaixo da inflação e no segundo ano seguido em que os trabalhadores sofrem com perdas econômicas, sem pagamento de PLR ou bonificação de fim de ano, a diretoria da Petrobrás parece ignorar a importância de sua força de trabalho.
Mesmo diante da crise provocada pela corrupção denunciada pela Lava Jato, queda do preço do barril do petróleo e auditoria fiscal que jogou para baixo todos os ativos da empresa, batemos recordes de produção, com mais de dois milhões de barris de petróleo extraídos por nós diariamente. A Petrobrás, de quebrada, como anunciado pela imprensa e pelo corpo administrativo da companhia, está pagando adiantadas dívidas, como ao BNDS, que recebeu da empresa R$ 20 bilhões.
O dinheiro pago ao BNDS já tem destino certo, vai ajudar a financiar a compra de ativos da própria Petrobrás, já que o governo federal garantiu aos interessados nas empresas estatais emprestar, a juros baixos, pelo menos 70% do valor total. Assim fica fácil.
Enquanto isso, nós, trabalhadores petroleiros, amargamos uma proposta de acordo coletivo que sequer repõe a inflação do ano. Já fomos sacrificados. Não aceitaremos nenhum direito a menos!
Seguimos nas mobilizações!