Uma das formas mais covardes de manipular e pressionar os trabalhadores está sendo intensificada na empresa, durante a gestão do atual presidente, Pedro Parente
Por Vanessa Ramos, jornalista da FNP
Desde que foi nomeado, por Michel Temer para a presidência da Petrobrás, Pedro Parente tem praticado abuso de autoridade ao perseguir trabalhadores com base em critérios políticos. Uma prática comum na história do Brasil, marcada pela luta frequente dos trabalhadores que buscam melhores condições de trabalho para a categoria.
Parente, enquanto gestor da empresa, tem intensificado as perseguições políticas, seguidas por demissões, para que sirvam de exemplo para os demais, com intensão de defender, principalmente, o interesse político de quem o indicou ao cargo e dando continuidade à entrega da Petrobrás ao capital internacional.
Clausmar Siegel, que é petroleiro da Bacia de Campos há anos é um dos perseguidos. Ele foi cipeiro e é amplamente reconhecido por seus colegas de trabalho por sua dedicação e defesa dos direitos dos trabalhadores, está sendo perseguido descaradamente pela empresa por lutar por seus direitos e de seus companheiros.
Ana Paula Aramuni, por exemplo, enfrenta sua segunda demissão. A primeira foi realizada em 2012, quando era ex-cipeira do Terminal de Cabiúnas. Era técnica química da Transpetro há cinco anos e mãe de quatro filhos. Sua trajetória política começou em 2008, em uma greve nacional da categoria que ficou conhecida no NF como a ?greve pelo dia de desembarque?. Foi reintegrada no final de 2016 e, agora, demitida novamente. Assista ao depoimento dela.
Oscar Magalhães, Geofísico dá Petrobrás, empregado há 32 anos, demitido por justa causa no dia 26 de abril deste ano é outro caso de injustiça e perseguição política na empresa. Desde 2012, Magalhães vem denunciando desvios institucionais do alto escalão da empresa, irregularidades no departamento Jurídico, além de outras denúncias. O geofísico também tem se posicionado contra a privatização da Petrobrás. (Conheça o caso de Magalhães)
Leninha também é outro caso conhecido pelos petroleiros. A trabalhadora esteve fortemente engajada na luta pela anistia, ampla, geral e irrestrita que foi abortada pelo governo de Frente Popular do Brasil. Além de estar engajada em tantas outras lutas e por isso é perseguida. (Entenda a história dela)
Mas isso não é o pior. Frequentemente, a gerência da Petrobrás tem realizado demissões na companhia petrolífera. O critério político para praticar o ato já é inegável. Por isso, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) apoia a luta dos trabalhadores perseguidos e demitidos. É urgente que os petroleiros e seus atuais líderes organizem o desempoderamento de Pedro Parente e sua tropa. Basta de demissões!