Encontro visou estabelecer ações contra o roubo e entreguismo praticado pelo atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente
Por Vanessa Ramos, jornalista da FNP
Na manhã desta quinta-feira (18), Adaedson Costa e Raquel Sousa, ambos integrantes respectivamente da direção e do jurídico da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), estiveram em Brasília com a coordenação Jurídico-Parlamentar. A reunião foi realizada no gabinete do senador Lindbergh Farias (PT/RJ) e objetivou montar uma estratégia em defesa da Petrobrás contra o roubo e o desmonte da empresa, arquitetado por Pedro Parente.
Desde que assumiu a presidência, Parente executa um plano mirabolante e obscuro a fim de desmantelar a estatal. Sob o discurso de salvar o patrimônio da empresa, o atual presidente infringe as leis brasileiras e cria suas próprias regras para garantir o entreguismo ao capital internacional.
Mas, tudo isso só é possível com o aval do atual presidente da República, Michel Temer, envolvidos em denúncias de corrupção, divulgadas na noite da última quarta-feira (17), pelo jornal O Globo.
Segundo o jornal, os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, investigados em desdobramentos da Operação Lava Jato, negociaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores uma gravação em que Joesley conta a Temer que estava dando a Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. O presidente então teria respondido: “Tem que manter isso, viu?”.
Em nota, o Palácio do Planalto negou as acusações e defendeu “ampla e profunda” investigação de “todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.”
No entanto, pelo que parece, as corrupções que deram origem a Lava Jato continuam a todo vapor com Pedro Parente, na direção da empresa, e Michel Temer, na presidência do país.
A FNP e seus sindicatos, desde o começo do plano de desinvestimento, executado por Parente, que propõe a entrega da Petrobrás, vem denunciando o crime de lesa-pátria contra o patrimônio da sociedade brasileira, além das práticas ilícitas cometidas por Parente.
Para a Federação, está na hora de haver uma investigação séria sobre todo esse processo que vem ocorrendo no Brasil, que visa tornar um país com potencial petrolífero enorme, em um país de explorados, como a Nigéria.
Michel Temer e Pedro Parente merecem uma longa investigação sobre as infrações cometidas, mapeando conexões entre vários suspeitos, além da mais longa sentença de prisão da história. Os brasileiros não podem testemunhar a construção obscura de um esquema de entrega do petróleo sem qualquer supervisão ou limite. Sem querer lisura, sem licitação, ou seja, na mais pura ilegalidade. Fora Temer, fora Parente!
Fonte: FNP e O Globo
