Reunião aberta do Sindipetro-RJ organiza agenda de resistência contra o desmonte da Petrobrás
Em todo o país milhões de brasileiros e brasileiras prometem não sair das ruas até derrotar as reformas e derrubar o governo. As manifestações que estão ocupando as principais cidades brasileiras iniciaram ainda na noite de quarta-feira (10), quando milhares de paulistanos ocuparam a avenida Paulista e brasilienses concentraram-se em frente ao Palácio do Planalto, poucas horas após a divulgação das revelações feitas na delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista.
Inseridos na luta que agora ganha contornos ainda maiores do que os recentes atos contra as reformas Trabalhista e Previdenciária e a terceirização irrestrita, os petroleiros do Rio marcaram presença na manifestação carioca, ocorrida na quinta-feira (19) e se preparam para ocupar Brasília na próxima quarta-feira (24) e participar da organização de nova greve geral de 48 horas.
Ontem, segunda (22), às 17h30 tem colegiado aberto na sede do sindicato (Avenida Passos, 34)para debater a ida ao Distrito Federal e organizar a resistência contra o desmonte da Petrobrás.
Os ônibus sairam do Edise às 8h, onde houve uma manifestação dos trabalhadores na entrada do expediente, e de Angra dos Reis. Para os trabalhadores que não forem à capital federal, as centrais sindicais estão organizando ato, paralisações parciais nos locais de trabalho e fechamento de ruas em diversos estados.
ATO NO RIO
A manifestação de sexta-feira (18) no Rio paralisou as duas principais avenidas do Centro, a Presidente Vargas e a Rio Branco, num ato público seguido de passeata da Candelária até a Cinelândia.
Dirigentes de centrais sindicais, entidades do movimento negro, sindicatos, movimentos de mulheres, estudantis e LGBT enfatizaram a necessidade de derrubar o governo não só pelas denúncias dos donos da JBS, mas por seus ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários e desmonte dos serviços públicos.
Se as manifestações transcorreram pacíficas na maioria dos locais, no Rio, mais uma vez, a polícia militar agiu com violência, atirando bombas, spray de pimenta e balas de borracha no meio da população. Praticamente no fim do ato, já na Cinelândia, a truculência policial fez com que manifestantes procurassem abrigos em bares da região até poderem retornar para suas casas.
Horas após o fim da manifestação ainda era possível ver policiais de moto pelas ruas da Lapa, Bairro de Fátima e Praça Cruz Vermelha ?caçando? manifestantes. Entre os locais com protestos nas ruas desde quinta-feira (19), além do Rio, estão São Paulo e as cidades de Americana, Campinas, Franca, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José dos Campos e São José do Rio Preto. Protestos acontecem também em Brasília; Goiânia (GO); Vitória (ES); Belo Horizonte, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Uberlândia e Viçosa (MG); Curitiba, Londrina e Maringá (PR); Salvador (BA); São Luiz (MA); Maceió (AL); Aracaju (SE); Fortaleza (CE); Belém (PA); João Pessoa e Campina Grande (PB); Natal e Mossoró (RN); Recife (PE); Caxias do Sul, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria (RS); Florianópolis e Joinville (SC).
Fonte: Surgente