Sete mil operários da Hidrelétrica de Belo Monte, 100% do efetivo, aderiram à greve da categoria na última segunda-feira (23). Esses trabalhadores estão em greve pelo aumento do vale-alimentação para R$ 300 (hoje o valor é R$ 95,00), direito à folga a cada 90 dias trabalhados (hoje é a cada 180 dias trabalhados) e a equiparação salarial para trabalhadores de mesma profissão, entre outros.
É preciso que o governo intervenha e assuma sua responsabilidade e atenda as exigências da pauta desses trabalhadores, fazendo valer os termos do ?Compromisso Nacional? e criar as condições para que haja avanços na obtenção de mais direitos.
Intransigente, o CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), além de não atender às principais reivindicações, passou a perseguir e demitir dezenas de lideranças e trabalhadores que foram fotografados durante a greve do final de março.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav) informou que cerca de 80% dos 7 mil responsáveis pelas obras da represa sobre o rio Xingu aderiram à paralisação.
Além disso, os manifestantes bloquearam a estrada entre a cidade amazônica de Altamira e o local da obra, que é a única via de acesso à represa, impedindo a chegada dos trabalhadores que não apoiam a greve.
A empresa construtora aceita aumentar apenas em 16% a ajuda alimentícia e elevar os períodos de viagem dos emigrantes até sua casa de 9 a 19 dias, mas apenas a cada seis meses.