Total, fique longe do Brasil!

Ativistas do Greenpeace denunciam ao mundo os controversos planos da empresa francesa de explorar petróleo no país

No início de 2017, o navio Esperanza realizou uma expedição a 100 quilômetros da costa norte do Brasil para registrar as primeiras imagens dos Corais da Amazônia. À bordo estava a equipe de cientistas brasileiros que confirmou a existência do recife em 2010. As imagens superaram as expectativas dos ativistas do Greenpeace, que conseguiram observar um bioma único, composto por diferentes espécies de corais, esponjas e rodolitos, lar de um número imensurável de animais marinhos – e três possíveis novas espécies de peixes.

Mas uma grande ameaça está se aproximando desse tesouro. Companhias petrolíferas, incluindo a empresa francesa Total e a britânica BP, querem perfurar a região em busca de petróleo. Mas, segundo o Greenpeace, isso significa trazer o risco iminente e constante de um derramamento, ameaçando todo o ecossistema da Bacia da Foz do Amazonas. O bloco mais próximo dos Corais da Amazônia fica a apenas 8 km de distância. E é de propriedade da Total.

Quem é a Total?

A gigante do petróleo que afirma ser “verde” foi fundada pela França em 1924. Cinco anos depois, começou a expandir suas operações internacionalmente, a ponto de operar hoje em 130 países.

A primeira vez que a Total perfurou o fundo do mar foi em 1961, no mar do Gabão, bem longe do seu próprio país. Já a primeira operação de perfuração em águas profundas foi realizada vinte anos depois no Mediterrâneo.

Em 2014, a Total revelou seu novo slogan e lema: “Comprometidos com a melhoria da energia”. É uma mensagem bastante destoante para um gigante da indústria do petróleo. No entanto, essas belas palavras serão vazias se a Total insistir no plano absurdo de explorar petróleo na região dos Corais da Amazônia. Juntamente com outras companhias, incluindo a BP, a Total gastou US$ 300 milhões para adquirir cinco blocos de exploração e deverá investir mais US$ 300 milhões na primeira fase de perfuração exploratória.

O tempo está passando e a empresa quer começar a explorar já neste ano. Mas o Greenpeace afirma que não se pode deixar a ganância de uma gigante da indústria petrolífera colocar em risco esse novo bioma.

Total é uma empresa corrupta

Grupo petroleiro francês Total, acusado de corrupção, tráfico de influência e de impactos ambientais, tem aval do presidente da Petrobrás para perfurar o Brasil em busca de petróleo, numa corrida desenfreada por lucro a qualquer custo.

Em março deste ano, Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás, e Patrick Pouyanné, presidente da Total, assinaram uma parceria estratégica de 2,2 bilhões de dólares. Eles estão juntos em 19 projetos de exploração e produção de petróleo.

Segundo informações divulgadas em veículos de comunicação internacionais, os operários da Total subornam funcionários em países produtores de petróleo para conquistar projetos financiados pelo governo. A empresa já foi condenada em diversos países.

Além disso maior escândalo mundial atual de corrupção, no ramo petrolífero, tem envolvimento da Total como um dos personagens principais, que envolveu subornos pagos a elementos do Governo e ministros do Iraque, Irã ou Cazaquistão, em nome de grandes multinacionais para que estas ganhassem contratos nesses países. (Leia matéria sobre o esquema de corrupção da Total)

Greenpeace tenta barrar a Total

Até este 27 de março, a Total não mostrou que está disposta a abandonar seus planos de explorar petróleo próximo aos Corais da Amazônia. Este é o momento de você se posicionar. Junte-se mais de 800 mil pessoas ao redor do mundo que já estão defendendo esse tesouro natural.

Assine a petição do Greenpeace. Defenda os Corais da Amazônia!

Fonte: Greenpeace
F
oto: Greenpeace

 

 

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