Fantoche de Michel Temer executa agressiva retirada de direitos na Petrobrás

Uma das ?medidas terríveis? aprovadas por Pedro Parente é o novo modelo de Benefício Farmácia, que não vai cobrir doenças agudas e se torna opcional

Por Vanessa Ramos, jornalista da FNP

Direção Executiva da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) reuniu-se nesta sexta-feira (7), na sede do Sindipetro-RJ, no Rio de Janeiro, a fim de avaliar as últimas reuniões com a Petrobrás, a atual conjuntara política e social do país, além de debater a organização do congresso da Federação.

O novo modelo de Benefício Farmácia foi um dos pontos mais criticados pelos dirigentes da FNP, que acreditam que a medida vem para enfraquecer o benefício e, futuramente, acabar de uma vez com o direito dos trabalhadores. Eles alertam que a nova medida vai afetar, principalmente, os aposentados da Petrobrás. (Leia matéria sobre o novo modelo de Benefício Farmácia)

Pode-se dizer que é uma mudança que beneficia apenas o setor patronal e caracteriza-se num golpe contra os petroleiros. ?Pedro Parente reza a cartilha de Michel Temer, que visa a retirada agressiva dos direitos dos trabalhadores?, afirmou Lourival Júnior, dirigente da FNP e do Sindipetro-PA/AM/MA/AP.

As formas de punições praticadas pelas gerências para castigar petroleiros que participam de greves foi outro ponto fortemente criticado. Medidas avaliadas como abusivas por parte de Pedro Parente, que desrespeita inclusive a lei de greve, prevista na Constituição Federal, em seu artigo 9º, e pela Lei nº 7.783/89.

O fato é agravado ainda mais com o fim da contribuição sindical obrigatória, uma nítida tentativa de enfraquecer os sindicatos no momento de desemprego alto e de perda de renda dos trabalhadores. Por isso, para a FNP, não resta dúvida que a saída são as mobilizações e as greves gerais.

Greve geral do dia 30

A iniciativa do dia 30 de junho, apesar de ter sido avaliada pelos dirigentes sindicais como mais fraca do que a do dia 28 de abril, foi importante para manter viva a essência de se realizar greve. ?Se não formos para a luta, vamos perder nossos empregos?, alertou Natália Russo, dirigente da FNP e do Sindipetro-RJ.

Assim, fica explícito que a política de gestão de Pedro Parente é a política do Governo Temer, que implica na retirada de direitos e de conquistas históricas, como previstas nas reformas trabalhista e previdenciária.

Pelo andar da carruagem, ?nós vamos assistir demissões, redução de remuneração, sem que os sindicatos possam fazer alguma coisa se nós não formos para as ruas brigar pelos nossos direitos?, disse Clarckson Messias, diretor da FNP e do Sindipetro-AL/SE.

Por isso, os dirigentes da FNP reconhecem que o debate com a base deve ser permanente sobre a profunda crise do país, uma das mais graves de nossa história, porque recobre todos os âmbitos da vida social e particular dos indivíduos.

A categoria petroleira não vai aceitar uma proposta de retirada de direitos ou de rebaixamento e não engole o plano de desinvestimentos de Parente. A greve é um direito político, que inclusive exercer um papel importante no processo de redemocratização do país. Portanto, vai ter luta!

 

 

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