Uma assembleia de trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) realizada nesta segunda-feira manteve a greve iniciada em 9 de abril, apesar do consórcio das construtoras ter elevado a proposta salarial da categoria.
Segundo a assessoria das construtoras, o consórcio subiu de 9% para 10,5% o ajuste salarial dos cerca de 14 mil trabalhadores do empreendimento, uma das maiores obras da Petrobras em andamento. Os sindicatos pediam 12% de aumento.
O piso de um ajudante passaria para R$ 957 e o de um encanador industrial para R$ 2.000.
As construtoras concordaram também em conceder um vale alimentação de R$ 300, como era pedido pelos trabalhadores, partindo de uma proposta inicial de R$ 280.
Um acordo entre os sindicatos e as construtoras chegou a ser assinado no último sábado, mas a assembleia desta segunda-feira não referendou o documento.
Uma nova assembleia de trabalhadores será realizada na próxima quarta-feira. Até lá, as construtoras tentarão viabilizar a entrada na obra de quem quiser trabalhar.
Os trabalhadores na obra do Comperj querem receber por 28 dias parados, referentes à atual greve e a outra realizada em dezembro.
Devido às várias paralisações e a problemas climáticos, a entrada em operação do Comperj foi adiada deste ano para 2014.
A unidade, localizada no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro, terá capacidade para processar 165 mil barris diários de petróleo na primeira fase e volume semelhante em uma segunda etapa, ainda sem previsão de início das obras.
O Comperj será construído em uma área de 45 milhões de metros quadrados, o equivalente aproximado a mais de 6.000 campos de futebol.
Fonte: Denise Luna, Do Rio
Folha.com