Hoje (20) foi o último dia do Congresso, realizado no Rio de Janeiro. Nesta edição, o evento trouxe uma programação em defesa dos direitos dos trabalhadores e, sobretudo, contra o desmonte da Petrobrás. O Congresso da FNP aprovou uma pauta intitulada de “Pauta de lutas 2017”, tendo como referência a pauta histórica, construída pela categoria.
A “Pauta de Lutas 2017” foi elaborada com dez eixos centrais, que defendem toda a categoria. Para o vice-presidente do Sindipetro/SJC e diretor da FNP, Rafael Prado, “o Congresso entendeu a importância de apresentar uma pauta que possa cumprir a tarefa prioritária que está colocada para a categoria petroleira e o conjunto da classe trabalhadora: unidade na luta contra a retirada de direitos”. Segundo Pedro, petroleiro da Oposição Unificada de São Paulo, a pauta aprovada tem a capacidade de dialogar com o sentimento dos trabalhadores nesse momento e mobilizar a categoria para derrotar o governo Temer e Parente. “É uma pauta que está conectada com os direitos dos petroleiros, que já estão sendo atacados pelas privatizações”, afirmou.
“A gente espera, agora, uma reposta neste Acordo Coletivo para todas as questões que estão atacando a classe e atacando a Petrobrás, com um plano de desinvestimento que vem para desmantelar toda a empresa, com redução de efetivo e calote na Petros. Mas, nós vamos dar uma resposta a isso”, disse Vinicius Camargo, diretor da FNP e do Sindipetro-RJ.
Os delegados do XI Congresso também aprovaram a participação da FNP em congressos das centrais sindicais.
A expectativa, agora, é fazer uma forte greve com unidade nacional, segundo Camargo, diretor do Sindipetro-RJ e da FNP, e contribuir para que a iniciativa cresça em outras categorias. “Uma greve para derrotarmos o Temer, fazermos a defesa da Petrobrás e contra a todos os ataques que estão colocados”.
“Nós temos o melhor Acordo Coletivo do país e temos força para fazer a defesa dele. Aqui nós estamos fazendo unidade para defende não só o direito dos petroleiros, como a defesa pela derrubada da Reforma da Previdência”, concluiu Camargo.
Mulheres marcam sua posição
Cerca de 200 pessoas participaram do evento. Desse total, 25% eram mulheres. Fato considerado positivo pelos petroleiros, uma vez que o ambiente petrolífero é predominantemente masculino.
Segundo Moara Zanetti, diretora do Sindipetro-RJ, o percentual é para ser comemorado mesmo, já que o resultado ultrapassa até o número de mulheres que trabalham na Petrobrás. Hoje, as mulheres representam 17% do total de profissionais no quadro de empregados da empresa.
“Eu só acho que temos que pensar se, de fato, o Congresso dá espaço para as mulheres se expressarem e colocarem suas pautas. É uma vitória termos 25%, é um bom número, mas, entendo que não é um espaço tão receptivo para as mulheres”, completou a diretora do Sindipetro-RJ.
Assim, o Congresso foi encerrado com o tradicional grito de guerra: "FNP, A LUTA É PRA VALER!"