Pior acidente da história da Revap completa 36 anos neste sábado

Acidente na Revap em 1981 matou 11 pessoas

O mais grave acidente na história da Revap custou a vida de 10 trabalhadores e um bebê ainda na barriga da mãe. Um escapamento de gás sulfídrico de um tanque da Unidade de Craqueamento Catalítico matou 11 pessoas, nove instantaneamente, no dia 26 de agosto de 1981.

O acidente poderia ter sido evitado, já que a Unidade de Craqueamento Catalítico já havia apresentado problemas mais de duas horas antes. Na curva próxima ao TQ, havia aproximadamente 400 trabalhadores, entre engenheiros e manutenção. Alguns desses petroleiros foram vítimas do contaminante ao tentarem salvar os colegas já caídos nas imediações.

Hoje, todos os problemas de segurança e baixo efetivo na Revap que temos denunciado criam possibilidade de outros acidentes fatais. As causas dos acidentes são as mesmas que transformam as atividades operacionais em trabalhos de alto risco: avanço da terceirização, redução de treinamento, instalações inadequadas ou com falta de manutenção, baixo efetivo, pressão por produção etc. Todos esses fatores precarizam as relações de trabalho e aumentam os riscos operacionais. Não é à toa a alta incidência de acidentes nas refinarias do Sistema Petrobrás nos últimos meses.

A última morte na Revap foi a de José Luís Beloni. No dia 11 de setembro de 2014, um incêndio em coletor de gás liquefeito de petróleo, na Revap, deixou seis trabalhadores feridos, sendo um deles Beloni, que viria a falecer depois de 71 dias internado. Beloni era técnico de operação e teve 40% do corpo queimado. Uma falha no processo de liberação de gás na tubulação causou o incêndio.

Antes disso, os últimos acidentes na refinaria ocorreram em 2012, ano em que três terceirizados faleceram na Revap.

Lembrar os mortos por acidentes de trabalho é lutar pela vida. Ainda mais quando nós sabemos que a política da empresa é obter lucro máximo a custo operacional mínimo criando uma panela de pressão no Sistema Petrobrás. A qualquer hora, pode haver mais vítimas em função do sucateamento das unidades!

Em memória das Vítimas do acidente da Revap em 1981

– A servente Terezinha de Fátima Félix, de 23 anos.

Terezinha foi a primeira vítima. Ela deixou duas filhas e estava grávida.

– Os auxiliares de segurança Waldemar dos Santos Pagano e Gilberto Araújo, de 25 anos.

– Os operadores Nelson Araújo Macedo, 39 anos; Winther Guimarães, 27; João Dias da Silva; Pedro Ayres da Veiga, 31 anos; Antônio Wilton Leite Prado, 31 anos e Benedito Santos Souza.

– O médico Carlos Alberto Fontenelle Moreira, 36.

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