No mesmo dia em que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região vai julgar o recurso que visa suspender a liminar que impede a venda de Carcará, petroleiros dos Sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado São Paulo vão realizar um ato em defesa do Campo.
Veja vídeo em que a Dra. Raquel Sousa, advogada do Sindipetro Alagoas/Sergipe e FNP, explica a iniciativa, em entrevista para o jornalista do Sindipetro-SJC, durante o II Coupesp, realizado no início de setembro.
Carcará
Considerado o segundo maior poço do pré-sal no Brasil, localizado na Bacia de Santos, Carcará teve 66% do seu Campo vendido para a petroleira norueguesa Statoil, em novembro de 2016
Após o ocorrido, a FNP entrou com ação popular na Justiça Federal de Sergipe pedindo para que a venda fosse suspensa. A argumentação da FNP e de seus advogados é baseada na denúncia de que a Petrobrás estaria cometendo irregularidade na venda, que estava sendo realizada sem licitação.
Como empresa mista, ela obrigatoriamente tem que fazer licitação para vender qualquer um de seus ativos. Caso contrário, a ação é caracterizada como ilegal ou até mesmo ato de “lesa-pátria”, uma vez que a venda traria prejuízos econômicos e ambientais imensuráveis para o Brasil.
Se deixarmos a carruagem andar no rumo arquitetado por Parente e a sua turma, teremos sim é a entrega do pré-sal e da Petrobrás aos estrangeiros, pois está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos buscam o controle do petróleo no Brasil. A seguir este rumo, o que produziremos daqui para a frente será um país em estado permanente de guerra civil.
Mas, os petroleiros sabem disso e muito bem. Por isso, a FNP e os seus sindicatos filiados seguem fazendo LUTA. No dia 27 de setembro, compareça e defenda Carcará e o Brasil! Esse patrimônio também é seu.
II Coupesp
Em palestra durante o II Coupesp, realizado pelos Sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado São Paulo, no início de setembro, Raquel apresentou uma série de argumentos usados em suas defesas contra venda de ativos, que mostram as ligações mais do que suspeitas entre Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás e as empresas para quem os ativos da Petrobrás têm sido oferecidos. Na prática, todo o processo da chamada "sistemática de desinvestimento" é maculado, marcado por diversos atos de corrupção. A palestra na integra pode ser vista aqui.
Fonte: Sindipetro-LP e Sindipetro-SJC