Em meio à chuva, diversas categorias de trabalhadoras e trabalhadores, além de movimentos sociais, lotaram o Centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 3, contra a privatização e o sucateamento das empresas e serviços públicos brasileiros realizados pelo governo de Michel Temer (PMDB).
Petroleiros, bancários, eletricistas, moedeiros, trabalhadores da Cedae são algumas das categorias que participaram das mobilizações na cidade.
O ato começou às 11 horas, em frente ao prédio da Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas. Em seguida, os participantes foram para a Av. República do Chile, onde está localizado o Edifício Sede da Petrobrás (Edise). Às 15 horas, um grupo de petroleiros foi em direção a sede da Petros, na Rua do Ouvidor, também no Centro do Rio de Janeiro, onde realizaram um protesto contra o equacionamento. A mobilização terminou na Cinelândia com um ato show.
Rivaldo Ramos, petroleiro aposentado do Litoral Paulista, fala sobre ato do dia 3 de outubro, na Petros:
O dia escolhido para as mobilizações não foi à toa: há 64 anos, no dia 3 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas criou a Petrobrás através da Lei 2004, que instituía o monopólio estatal da exploração, do refino e do transporte do petróleo.
Portanto, no dia do aniversário da Petrobrás, o campo e a cidade se uniram para defender as estatais.
Também estavam presentes movimentos sociais, entre eles: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); e Levante Popular. Com jaqueta de petroleiro, Lula também participou do ato.
De acordo com as entidades, a mobilização objetivou destacar a importância do Estado brasileiro na economia nacional para garantir o desenvolvimento econômico e social da população. Mais de 10 mil pessoas estavam presentes.
Os programas do governo de Temer, no entanto, têm posto em prática uma ampla política de privatização do patrimônio público brasileiro sem dialogar com a população. Em agosto, Temer anunciou a privatização de 57 empresas e projetos, incluindo a Casa da Moeda e aeroportos. Nesta terça, afirmou que a Petrobrás será o próximo patrimônio a ser privatizado.
Adaedson Costa, diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e do Sindipetro/LP, e Cibele Vieira, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e coordenadora do Sindipetro unificado SP, falam sobre a unificação das categorias na mobilização:
Só a UNIDA faz a LUTA!
Fotos: Vanessa Ramos