Brasil do Temer: a máquina de fortalecer a pátria alheia

O governo estipulou o valor de R$ 50 mil para a venda de cada uma das seis distribuidoras de eletricidade hoje controladas pela Eletrobras. Os vencedores dos leilões terão que aportar R$ 2,4 bilhões no capital das empresas.

Os termos da privatização foram aprovados pela Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos na quarta-feira (8) e publicados no Diário Oficial desta quinta (9).

Serão privatizadas as distribuidoras de eletricidade que atendem os Estados de Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Piauí.

O valor de venda é simbólico e justificado pelo governo com o alto endividamento das companhias, que soma R$ 20,8 bilhões.

Estudo de privatização feito pelo Consórcio Mais Energia B (PwC Brasil, Strategy&, Siglasul e Loeser e Portela Advogados Associados) apontou que, juntas, as seis valem R$ 10,2 bilhões.

O BNDES informou que abrirá nos próximos dias "data room" para potenciais interessados avaliarem as empresas. A previsão é que os leilões sejam realizados até abril de 2018.

Os vencedores serão as empresas que apresentarem maior deságio em relação à tarifa cobrada dos consumidores.

A Eletrobras terá que aprovar o modelo de venda e decidir que participação manterá em cada companhia —a resolução do PPI permite que a estatal fique com até 30%.

A resolução possibilita ainda a venda de ações aos empregados das empresas, até o limite de 10% da participação da Eletrobras. 

Contraponto

No jornal da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), edição de outubro de 2017, trabalhadores denunciam fraude na Eletrobrás e declaram guerra contra a privatização.

Segundo o veículo de comunicação, há forte indícios de fraude e manipulação de números na Eletrobras. Em uma das reportagens, alertam inclusive que o senador Roberto Requião (PMDBPR) foi taxativo e afirmou que, quem comprar empresas públicas na atual circunstância política do Brasil, estará cometendo crime de receptação.

Em outro texto, destacam que “agora é guerra! O trabalhador que luta contra a privatização vai além de defender a sua garantia de emprego, colocando um escudo também sobre sua missão mais nobre, que é levar energia ao povo brasileiro. Não aceitar a venda da Eletrobras é uma demonstração de patriotismo, compromisso com o Brasil e manutenção da soberania nacional, que hoje sangra entre negociatas com caudilhos de outras bandeiras”.

Nesta publicação, o leitor encontrará também dados técnicos e econômicos, além de documentos de denúncia sobre a empresa de energia que está no alvo dos vendilhões do Estado Brasileiro. Leia na íntegra

Com informações: Folha de S.Paulo

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