Já não é novidade que a administração da Petrobrás e o governo tem trabalhado para desmontar a empresa em Sergipe e entregar tudo nas mãos da iniciativa privada. Isso tem causado milhares de demissões, de trabalhadores próprios, através do PIDV, e principalmente dos terceirizados. Também tem deslocado trabalhadores do Campo Terrestre de Carmópolis através do programa Mobiliza. Isso tem causado a redução do efetivo e a terceirização de quase toda a operação.
Agora, a Petrobrás tem ameaçado acabar com toda a atividade de sonda do campo terrestre. A consequência disso é o fim de 5 mil empregos diretos e indiretos. Mais que isso, vai causar um enorme rombo na economia do estado.
CHANTAGEM
A gestão da empresa tem utilizado isso como chantagem, para não cumprir uma determinação do Ministério Público do Trabalho, que obriga a empresa a substituir toda a força de trabalho terceirizada nas atividades fins de sonda. Essa decisão é fruto de uma ação que o Sindipetro-AL/SE entrou há sete anos atrás.
Ela alega que é mais vantajoso encerrar as atividades, do que aplicar essa decisão. Isso porque o objetivo é entregar essa riqueza nas mãos de um ou dois empresários. Sem falar que é pela via dos contratos terceirizados onde a corrupção rola solta e o trabalhador é mais explorado. Não tem outra explicação.
Com toda a riqueza que ali produz, era possível sim primeirizar toda a força de trabalho terceirizada. A própria Petrobrás anunciou em maio deste ano que Carmópolis é o maior campo terrestre do Brasil, tanto em termos de volume original de óleo em reservatório (1,76 bilhão de barris de óleo equivalente), quanto em termos de reservas totais (165 milhões de barris de óleo equivalente).
“Atualmente, o campo de Carmópolis responde por 44% da produção e 49% das reservas totais do estado de Sergipe. Com uma área de 170 km2, compreende os municípios de Carmópolis, General Maynard, Rosário do Catete, Maruim, Japaratuba e Santo Amaro das Brotas”, diz a nota oficial da empresa.
SERGIPE NA MISÉRIA
O Governo do Estado, prefeitos e políticos da região já deviam ter se manifestado contra esse desmonte que está sendo aplicado. Além dos empregos perdidos, é importante lembrar que a atividade de petróleo é responsável por 45% de toda a riqueza produzida pela indústria do estado. Ou seja, encerrar as atividades de sonda é destruir a economia de Sergipe.
O Sindipetro tem feito um chamado, aos petroleiros próprios e terceirizados e a toda a população, para se defender contra essa ameaça. Vamos lutar pela primeirização de todos os terceirizados e exigir que a Petrobras pague sua dívida com a classe trabalhadora sergipana, principalmente do Vale do Cotinguiba, por mais de 60 anos de exploração do nosso trabalho e das nossas riquezas.
Fonte: Sindipetro-ALSE