Em reunião nesta sexta-feira (1), na sede do Sindipetro-RJ, a direção da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) resolveu acirrar batalha com a direção da Petrobrás, que pode ser decisiva para apresentação de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) digno para a categoria, sem retirada de direitos.
Como processo da batalha, a FNP enviou um ofício ao RH, exigindo que a nova proposta de ACT seja apresentada até o dia 10 de dezembro. As mobilizações, que já começaram, serão intensificadas nas bases, por tempo indeterminado, a partir do dia 11.
A partir da próxima proposta, caso venha com retiradas de direitos, a FNP vai indicar rejeição e greve. Greve em defesa dos direitos dos petroleiros e, sobretudo, contra a privatização da Petrobrás. Mas do que combater a retirada de direitos, a greve significa um enfrentamento ao plano do desinvestimento e, ao mesmo tempo, um enfrentamento ao capital internacional.
Entre o combate também estão as reformas. A FNP rejeita as mudanças na CLT e na Previdência, por isso, vai manter o dia 5 como dia nacional de mobilização nas suas bases. Vale lembrar que o ACT tem força de lei. E com as mudanças na legislação, defender o acordo se torna ainda mais importante.
Mas não se engane, petroleiro! É em meio a estas disputas que se situam a ofensiva e os ataques contra a Petrobrás, a legislação brasileira de petróleo, principalmente a política de conteúdo nacional e aos direitos dos trabalhadores em geral.
Abrir mão da soberania energética certamente causará muito mais sacrifícios futuros ao povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil, por isso a sociedade deve apoiar a greve, lutar contra a privatização e contra as reformas.