Acostumada a usar a grande imprensa para divulgar suas inúmeras ?benfeitorias?, projetos de responsabilidade social e sua saúde econômica, a Petrobras foi surpreendida na última quarta-feira, logo de manhã, com uma matéria negativa sobre a maior empresa do país na emissora de maior audiência em todo território brasileiro.
Em uma reportagem sobre os efeitos da UTGCA na Serra do Mar, o Bom dia Brasil, telejornal da Rede Globo, relata os perigos que as atividades da unidade representa para o meio ambiente e para os moradores da região. Na mesma matéria, também é citado o campo de Mexilhão.
A repórter Neide Durarte cita que a principal preocupação é ?a principal preocupação é quanto ao nível de emissão de nitrogênio?. E completa. ?Não são só as florestas que podem sofrer danosas transformações. As pessoas também. O IBAMA autorizou o funcionamento da UTGCA, mas no último mês de janeiro emitiu (?) parecer, onde diz: as análises realizadas entre janeiro de 2009 e abril de 2011 indicam a presença de hidrocarbonetos, especialmente o benzopireno, que é reconhecidamente uma substância cancerígena.?
O pesquisador entrevistado finaliza: ?a gente espera que, obviamente, isso não aconteça aqui do mesmo jeito, esperamos que não tenhamos um novo Cubatão aqui nessa planície de Caraguatatuba?.
Na verdade, o que a matéria aponta é uma perigosa novidade para a maior parte dos telespectadores, mas não para os petroleiros. Sobretudo, aqueles que durante 23 dias realizaram uma greve por melhores condições de trabalho e mais segurança na UTGCA e plataformas (Merluza e Mexilhão).
Há mais de um ano, Sindicato e trabalhadores, denunciaram a insegurança da unidade e os riscos que ela trazia, não apenas ao meio ambiente, mas também para os trabalhadores e para a população da região.
O Sindicato irá exigir da empresa uma apresentação minuciosa e detalhada do relatório do IBAMA citado na reportagem. Certamente, não é pequeno o potencial de que surjam novas irregularidades relacionadas à segurança quando houver a presença do perito do Ministério do Trabalho na unidade. Para assistir a reportagem completa, CLIQUE AQUI.
Fonte: Sindipetro-LP
