Na manhã da última quarta-feira (24), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) esteve reunida com o RH e com a Subcomissão do Benefício Farmácia para discutir o novo modelo de Benefício Farmácia, que passa a ser de coparticipação.
Durante a reunião, a FNP sugeriu melhorias e reforçou a importância do benefício para a categoria, a fim de garantir a qualidade no serviço, dentre as sugestões, estão: solicitação de um responsável da Petrobrás sobre o benefício para contato permanente com o sindicato; considerar o tratamento com valor mensal gasto com medicamentos ao invés de valor de caixa unitária; inclusão da opção de solicitação de medicamento genérico no delivery; estudar a possibilidade de flexibilização de entregas (casa ou trabalho); agendamento de dias e faixa de horário para entrega e solicitação da informação de como será o contrato de delivery.
No entanto, ainda há muito a ser feito. “A empresa precisa trazer mais informações, principalmente a respeito do ‘delivery’, como funcionará, se terá a opção de receber em casa e no trabalho, se terá a opção de comprar medicamento do laboratório ou genérico, que é bem mais barato, mesmo o médico receitando o medicamento mais caro. Várias dúvidas ainda pairam sobre o Benefício Farmácia”, relata Adaedson Costa, diretor da FNP/Sindipetro-LP.
Além disso, a direção da empresa também insiste em manter R$ 150 reais como valor unitário do medicamento. A FNP sugeriu que este valor fosse considerado mensal, que abrangeria muito mais participantes.
Trabalhadores da base também participaram da reunião e deram sugestões. Novas rodadas de discussões sobre o Benefício Farmácia ainda serão marcadas. A FNP espera que, com isso, tenha um Benefício Farmácia que garanta medicamento sem transtorno para os participantes.
PLR com foco financista
À tarde, a FNP reuniu-se com o RH para tratar da PLR, onde representantes da empresa apresentaram os novos indicadores.
Como já se suspeitava, os indicadores apresentados seguem o alinhamento do governo Temer e o de Pedro Parente, que atende aos interesses do mercado financeiro, incluindo a venda de ativos.
Segundo Adaedson, os indicadores apresentados são metas que o trabalhador não tem nenhum acesso e atua indiretamente, ficando tudo nas mãos da empresa. “São índices que não estão sob o controle dos trabalhadores”, afirma.
Em outras palavras, os novos indicadores propostos demonstram que os trabalhadores vão trabalhar para pagar a dívida da Petrobrás, com restrição nos investimentos. “O que eles estão falando é que se eles param de investir, sobra dinheiro para pagar a dívida. O que significa que o projeto ‘Ponte para futuro’ se concretiza, não futuro da Petrobrás, mas o da entrega da empresa“, alerta Vinícius Camargo, diretor da FNP/Sindipetro-RJ.
Para finalizar, a FNP solicitou mais informações sobre os indicadores, também pediu que a empresa faça comparativos dos novos indicadores com os dos anos anteriores para que a FNP possa fazer uma avaliação mais precisa. A Federação Nacional também deixou claro de que vai levar sugestão de indicadores. Se você, trabalhador, quiser sugerir algum indicador, mande sua sugestão pelo site da FNP.