No último dia 25 de junho, a Petrobrás divulgou notícia sobre o plano de negócios e gestão da empresa até 2016, com gráficos, declarações em aspas e uma série de orientações sobre as metas individuais de cada empregado. Entretanto, a principal questão que os petroleiros querem saber (não respondida) é simples: o bolo será dividido igualmente ou continuaremos com as migalhas?
Conforme o boletim, (edição nº 52_clique aqui e leia), a presidente Graça Foster definiu que os petroleiros devem ter suas metas individuais do Gerenciamento de Desempenho (GD) alinhados ao plano de negócios e de gestão. Mesmo cumprindo metas dos GD, os petroleiros não são retribuídos à altura. As atuais negociações da PLR são um exemplo da falta de valorização da categoria, que em vez de receber aumento real no salário básico, é iludida com abonos, gratificações e remunerações variáveis, que não contam para aposentadoria.
O GD já é uma ferramenta que causa um terrorismo de gestão porque pressiona os petroleiros a atingirem metas e índices de produtividade baseado na filosofia do ?custe o que custar?. Além disso, é sabido que, na maioria das vezes, somente os apadrinhados dos gerentes possuem boas avaliações no GD e, com isso, recebem promoções. Não seria nenhuma surpresa recebermos a notícia de que, daqui a pouco, vão querer alinhar o valor da PLR aos índices de resultados individuais nos GDs.
O que os petroleiros precisam é de práticas de gestão transparentes, justas e que valorizem a categoria, principalmente no quesito remuneração e participação nos lucros.